A começar por seu modelo gatekeeper, que alia ciência, tecnologia e atenção primária, praticado em países desenvolvidos como Canadá e Inglaterra. Por meio do aplicativo da Sami, a qualquer momento o paciente contata seu time de saúde personalizado – formado por médico de família, coordenador e enfermeiro – e recebe a orientação necessária sobre sua jornada dali em diante. Tal jornada é baseada em seu histórico de saúde e socioeconômico, e na melhor evidência científica disponível. Dessa forma, os cuidados preventivos e proativos são direcionados e, com isso, dá para olhar para a saúde de fato, e não apenas tratar doenças.
Nos casos que precisam de um especialista, há matriciamento, no qual o paciente é atendido simultaneamente por seu médico de família e pelo especialista, tornando o processo mais rápido e assertivo. Pelo menos 75% das consultas realizadas pelo Time de Saúde são via telemedicina, e a taxa de resolutividade supera os 80%. No geral, mais de 90% das interações da healthtech com seus clientes se dão por canais digitais. Todas as informações – como receitas, pedidos de exames, rede e período de carência – ficam disponíveis no app. E a Sami também conta com uma rede credenciada inteligente, com hospitais e laboratórios referência como a Beneficência Portuguesa, Hospital Oswaldo Cruz e Lavoisier, entre outros.
“Apostamos no uso de tecnologia e dados para reduzir a ineficiência que tipicamente encontramos nas operadoras de saúde tradicionais, bem como seus custos operacionais”, explica o médico Vitor Asseituno, presidente e cofundador da Sami. Não à toa, a startup atingiu em 2022 a marca de 15 mil membros e um faturamento anual de cerca de R$ 60 milhões.
O uso de tecnologia e dados dos beneficiários não se restringe apenas ao Time de Saúde e aos membros. Para fomentar toda a cadeia de saúde, a Sami trouxe ao Brasil, de forma pioneira, a interoperabilidade com a segurança de dados apoiada no padrão internacional HL7 FHIR (Fast Healthcare Interoperability Resources), e segue a LGPD. O histórico do paciente fica a salvo e, mediante autorização, pode ser compartilhado com hospitais parceiros. Além de tornar o diagnóstico mais ágil e preciso, essa medida aumenta a eficiência dos cuidados sem que nenhuma informação se perca entre uma consulta e outra, e ajuda a evitar a repetição de exames, o que permite que a operadora tenha um reajuste e um preço cerca de 20% abaixo do praticado no mercado.
“Pelo segundo ano consecutivo, entregamos apenas o IPCA, enquanto as outras reajustaram em 3, até 4 vezes o IPCA, o que acaba pesando no orçamento de muitas organizações e inviabilizando que as pessoas tenham plano de saúde”, afirma Asseituno. Ele conclui: “Nascemos para resolver uma das principais dores dos brasileiros, que é a falta de acesso à saúde de qualidade. 75% dos nossos clientes não tinham plano de saúde antes. Estamos no caminho certo. Não há linha de chegada, porque há muito a ser feito pela saúde no país, mas é gratificante ver que estamos avançando”.
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