O Grupo São Pietro Saúde firmou um contrato de parceria junto a Nanowear Brasil, empresa de nanotecnologia na confecção de produtos do segmento têxtil. O acordo prevê exclusividade por parte do Grupo para a utilização de tecidos produzidos pela startup até 2026, incorporando em todos os ambientes da rede e o Hospital Banco de Olhos de Porto Alegre, sendo o primeiro hospital de Porto Alegre a receber esse tipo de tecnologia em seu enxoval.
O sócio fundador do Grupo, Luciano Zuffo afirma que em diversos estudos internacionais (recentemente um estudo na Revista Americana de Controle de Infecção) vem demonstrado o grande potencial de redução bacteriana e de contaminação cruzada em vestimentas (jalecos e scrubs) e em enxovais (lençol, fronha) e demais itens do dia-a-dia hospitalar através da nanotecnologia, além de contribuir também em maior durabilidade, através da atividade de nanorepelência (repelência a líquidos e sujidades) aumentando os ciclos e vida útil dos produtos.
“Além da inovação e diminuição do risco de contaminação direta e cruzada, há a questão ambiental com menos necessidade de detergentes e sabão além de aumento da vida útil dos enxovais. Esta parceria reforça o propósito do Grupo São Pietro em inovar mantendo os pilares da sustentabilidade e pensando sempre no melhor cuidado aos nossos pacientes”, conclui Zuffo.
A Nanowear é uma “nanotech” que possui o propósito de levar nanotecnologia ao dia a dia das pessoas de forma acessível e sustentável. Localizada no HealthPlus Innovation Center, no TECNOPUC, a startup pesquisa, desenvolve, cria e comercializa vestimentas com uso de nanotecnologias. Aliando, ciência, tecnologia e inovação, a empresa pesquisou e desenvolveu uma solução de nanorrepelência, capaz de repelir pequenas gotículas, líquidos e sujidades de superfícies têxteis através da manipulação de átomos e moléculas em escala nanométrica (nanotecnologia).
O CEO da Nanowear, Andrè Flôrès, afirma que os materiais foram testados e possuem eficiência de inibição em 99,99% a ploriferação de mais de 650 micro-organismos patogênicos, ajudando no combate de infecções hospitalares e contaminações, seja ocasionada por ácaros, fungos, vírus e bactérias.
“A empresa tem realizado diversos projetos de pesquisa científica evidenciando, com fatos e dados, o potencial de diminuir a contaminação cruzada em ambientes hospitalares e gerar saving de lavanderia aos clientes através da incorporação de vestimentas e enxovais com nanotecnologia”, conclui Flôrès.
Além de toda a proteção, a tecnologia permite que as vestimentas sujem menos, fazendo com que o seu usuário lave menos e utilize em menor quantidade de água e produtos para sua limpeza (impregnando menos água e insumos no processo de lavagem em função da própria repelência). Um estudo realizado pela startup, no início de 2022, resultou em 62% maior de durabilidade e desperdício de água e insumos no processo de lavação, gerando saving aos clientes nas compras das vestimentas.
Além de toda a economia e sustentabilidade, em dezembro de 2021, a Nanowear, iniciou suas atividades de confecção (corte, costura e embalagem final) na PECAN (presídio estadual de Canoas) utilizando mão-de-obra de pessoas privadas de liberdade trazendo o pilar social como peça-chave da produção da vestimenta e a ressocialização como elemento de destaque do processo.
De acordo com o Grupo São Pietro, a parceria é fruto da visão da empresa em incorporação de novas tecnologias, especialmente de fronteira tecnológica, como o caso da nanotecnologia e que deverá contribuir, significativamente, para tanto para Comunidade com diminuição de indicadores de risco, contaminação e tempos de internação, como para os profissionais atuantes na rede. Outro benefício desta parceira é a possibilidade de desenvolvimento de novos produtos com nanotecnologia voltados a oftalmologia, urologia e população sênior.