Com a aquisição de uma das mais avançadas tecnologias em tomografia utilizadas atualmente no mundo, o Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, dá importante passo na qualificação do seu Centro de Diagnóstico e Imagem (CDI). O equipamento, um tomógrafo espectral de dupla energia GE Revolution, é capaz de oferecer diagnósticos ainda mais precisos e seguros em uma ampla gama de aplicações, como cabeça, corpo total e sistema cardiovascular. A aquisição do tomógrafo e de dois equipamentos de ressonância, previstos para os próximos meses, fazem parte de um investimento no CDI que totaliza R$ 25 milhões.
O tomógrafo é o primeiro desse modelo no Estado e o único do país com a funcionalidade de reconstrução de Imagem por Deep Learning (DLIR). que permite altíssima resolução e qualidade com o uso de Inteligência Artificial. Entre as principais vantagens estão o aumento da precisão no diagnóstico e relevante redução da dose de radiação emitida pelo aparelho – cerca de 10 vezes menor do que a produzida por outros tomógrafos.
“Com capacidade de captar imagens mais amplas e em velocidade bem superior, o aparelho permite uma maior nitidez. Quando falamos de coração, por exemplo, isso significa melhor visualização de coronárias e stents”, explica o coordenador médico do Serviço de Radiologia do Hospital Mãe de Deus, o radiologista Marcelo Abreu.
O ganho em velocidade e amplitude, que permite uma reprodução completa do coração em apenas um giro do tubo do tomógrafo, também se torna importante diferencial para pacientes que apresentam arritmia cardíaca, pois essa condição exige mais esforços na programação do momento exato em que as imagens do órgão serão captadas.
O equipamento ainda apresenta tecnologia de imagem espectral, a qual permite classificar diferentes elementos químicos com densidades muito próximas, algo que não seria possível com tomógrafos tradicionais.
“O Revolution CT é o tomógrafo com a capacidade de distinguir e caracterizar a maior quantidade de elementos químicos do mercado. Essa possibilidade traz amplos ganhos clínicos e capacidade diagnóstica, principalmente no campo da oncologia, no qual é importantíssimo entender com exatidão a composição dos tecidos tumorais, além de conseguir distingui-lo do tecido do órgão em que está localizado”, ressalta Abreu. “Abre um campo enorme em medicina de precisão e prevenção”, complementa.