De acordo com Luiz Fernando Donke, fundador da L2D, a ideia é potencializar e ampliar a integração entre tecnologia, processamento digital e interação com profissionais especializados e altamente capacitados em suas áreas de especialidade. “O mercado de saúde aprendeu que pode se beneficiar positivamente com a inserção de tecnologias. Com isso, percebemos a necessidade de criar novos segmentos dentro da telessaúde e estamos investindo mais em desenvolvimento, integração, suporte, monitoramento, gestão e segurança digital”, explica o executivo especialista em saúde digital, administração hospitalar e sistemas de saúde.
Donke ressalta que a regulamentação da telessaúde impulsionou o mercado com a criação de novos modelos assistenciais, em formato híbrido. “Em 2022, tivemos um crescimento superior a 200% em números operacionais e faturamento. Iniciamos nossas atividades internacionais, compramos empresas de tecnologia com serviços relacionados, estamos investindo em desenvolvimento e novas linhas inteligentes de cuidado”, revela.
Monitoramento e Inteligência Artificial
Além da integração dos sistemas, o executivo vê no monitoramento em larga escala de pacientes crônicos uma grande tendência para o futuro, além do estímulo à prevenção e ao bem-estar. “Isso minimiza gastos no SUS e na saúde suplementar e promove a prevenção e o controle precoce de doenças com alto poder de cronicidade e incapacitação (como diabetes, hipertensão, depressão e AVC). Tudo isso pode ser realizado por sistemas eletrônicos acessados remotamente, somados ao poder da Inteligência Artificial realizando análises em tempo real e gerando avisos quando algo sai fora da normalidade”, ressalta.
É justamente nesse cenário que a IA ganha destaque. Segundo o executivo, as tecnologias estão se desenvolvendo de uma maneira rápida e massiva, tornando-se mais baratas a cada dia. Isso requer que gestores e líderes estejam abertos a novos processos e formas de execução diferentes daquilo que já vêm fazendo há algum tempo. “Isso valida a Lei de Moore, segundo a qual o poder de processamento dobra a cada dois anos, mantendo-se o custo ou até mesmo diminuindo. Assim, gestores da saúde devem estar aptos a sair de sua zona de conforto e a promover e estimular mudanças em suas empresas. Não há espaço para o conservadorismo nessa área”, conclui.