Realizar exames de rastreio para doenças oncológicas, como os cânceres de mama ou ovário, é fundamental para aumentar as chances de sucesso do tratamento. E os “meses coloridos” das campanhas de saúde, como Outubro Rosa ou Março Lilás foram criados para alertar sobre a importância de estar em dia com os testes.
Um levantamento feito pela Dasa, rede de saúde integrada do país, mostra que essas inciativas dão resultados. Em 2022, considerando todas as unidades da rede, houve um aumento de 10% na busca por mamografias no 4º trimestre, período da campanha do Outubro Rosa, em relação ao trimestre anterior, e um acréscimo de 12% no número de biópsias realizadas. Durante a campanha, a Dasa também identificou um incremento de 5% na realização de exames de ultrassonografia transvaginal, que ajudam a rastrear o câncer de ovário.
“Dados da Sociedade Brasileira de Mastologia mostram que 40% das brasileiras não realizam a mamografia há mais de 3 anos, e apenas 1 em cada 4 mulheres realiza o exame com a periodicidade adequada. Por isso, além dos meses coloridos, usamos a tecnologia para fazer a busca ativa dessas mulheres, alertando sobre o atraso do rastreio por meio do nosso assistente digital de saúde, o Nav”, explica Andrea Dolabela, Diretora Geral de Produtos, Marketing, Experiência e Analytics da Dasa.
“Nós realizamos 270 mil exames para rastreamento de câncer de mama no ano passado e identificamos alterações preditivas de malignidade em cerca de 2% desses resultados. São 5,4 mil mulheres que aceleraram o diagnóstico e iniciaram o tratamento mais rapidamente, evitando, muitas vezes, desfechos desfavoráveis. Sempre apoiamos essas campanhas, mas seguimos reforçando nossas usuárias da relevância do exame de rastreio com pertinência nos outros meses do ano”, comenta Leonardo Vedolin, Diretor Geral Médico e de Cuidados Integrados.
“Nosso modelo operacional inclui uso de dados e modelos de inteligência artificial que ajudam os médicos no diagnóstico precoce das doenças. Quando confirmadas, o médico responsável é acionado imediatamente, reduzindo em até 4 vezes o tempo médio do tratamento, o que pode fazer a diferença no desfecho clínico. Medicina preventiva e de precisão, como fazemos, significa melhor desfecho e menor custo assistencial “, analisa Vedolin.
Outro dado importante registrado pela Dasa foi o aumento de 314% na procura pela densitometria óssea, exame fundamental para o diagnóstico e tratamento da osteoporose, doença que afeta mais o público feminino e se caracteriza pela perda progressiva de massa óssea, o que faz os ossos se tornarem mais enfraquecidos e predispostos à fratura. Estima-se que a cada 3 segundos ocorra uma fratura relacionada à enfermidade no Brasil, segundo a Federação Brasileira de Ginecologia e obstetrícia.