Siemens se reestrutura para focar em healthcare
Com a mudança, as áreas de energia, automação e digitalização passam a ter suas atividades pensadas em conjunto mirando as cidades inteligentes e a indústria do futuro e a healthcare passa a atuar de forma independente
22/12/2014 - por MARIA CAROLINA BURITI
Siemens se reestrutura para focar em healthcare
 
A multinacional alemã Siemens está passando por uma reestruturação com o objetivo de dar mais atenção ao negócio healthcare, conforme especificidades do mercado. Com a mudança, as outras áreas - energia, automação e digitalização passam a ter suas atividades pensadas em conjunto, mirando as cidades inteligentes e a indústria do futuro, enquanto healthcare passa a atuar de forma independente. 
  

“É para fazer de forma mais rápida e ter o domínio das especificidades dos mercados”, afirmou o CEO Global, Hermann Requardt, durante o congresso RSNA (Radiological Society of North America), maior evento de radiologia do mundo*. O executivo ressaltou que a mudança ocorre em razão das políticas e regulamentações do setor de saúde em cada região e também pela forte consolidação deste mercado. 

Essa pode ser considerada a segunda grande mudança da Siemens na área de Healthcare desde a entrada de Joe Kaeser na presidência global há cerca de um ano e meio. A primeira foi a venda da área de HIS (Healthcare Information System) para a americana Cerner por 1,3 bilhão de dólares em agosto de 2014 - decisão esta que Requardt considera acertada. “Vendemos o sistema de informação de hospitais, pois ele era uma parte do hospital que não nos ajudava necessariamente a vender mais equipamentos de diagnóstico”, explicou, enfatizando que está muito feliz pela negociação. 

No novo posicionamento, uma das grandes apostas da empresa é o diagnóstico molecular, que promete um resultado mais preciso, pois inclui “não só o que está dentro do corpo, mas também o que está dentro das células”, como explicou a diretora global de comunicação, vendas e educação de imagem molecular, Collen R. Smith. 

De acordo com a executiva, a combinação das tecnologias SPECT e PET podem contribuir para diagnósticos mais precisos, aliados à prevenção, assim como detectar doenças como câncer e Alzheimer. Atualmente, a empresa dedica três grandes centros para a fabricação destas tecnologias, dois localizados nos Estados Unidos e um no Reino Unido. 

Mercado Global
Siemens Healthcare fechou 2013 (a empresa concluí o ano em setembro) com receita de 13,6 bilhões de euros e 52 mil colaboradores. Por região, a área das Américas (onde está o Brasil) e Alemanha já são responsáveis por mais de 50% dos negócios da companhia no setor.

Entre os emergentes, a China desponta com grande potencial. A fábrica da empresa localizada em Xangai já é a número um em market share considerando equipamentos de ressonância magnética e tomografia computadorizada. Um dos desafios do mercado chinês que Requardt considera em franca expansão está na área rural do país, onde apesar do potencial de crescimento, faltam especialistas para operar os equipamentos da marca. 

Rússia e Índia também são considerados mercados em expansão, além de alguns mercados latinos, como Colômbia e Peru, porém ainda não contam com fábricas de equipamentos de diagnóstico. ]
 
Perguntado sobre o Brasil, Requardt vislumbra a expansão num País que combina fatores como envelhecimento da população e o aumento da incidência de doenças crônicas, essenciais para o negócio da marca.  
 
 
* O RSNA ocorreu em Chicago de 30 de novembro a 5 de dezembro
* *A jornalista viajou a convite da Siemens
 
 




Obrigado por comentar!
Erro!
Contato
+55 11 5561-6553
Av. Rouxinol, 84, cj. 92
Indianópolis - São Paulo/SP