Nunca houve tantos negócios envolvendo o varejo de farmácias no Brasil. Nos últimos dois anos, uma fusão ou aquisição foi anunciada a cada dois meses - e a concentração de mercado cresceu. Dados de outubro de 2012, mostram que 50% das vendas do setor está nas mãos das grandes redes de drogarias brasileiras, 3% pertence aos supermercadistas e 47% das vendas acontece nas farmácias médias e pequenas, classificadas pelo setor como "independentes".
Em 2008, as grandes redes tinham taxa inferior, cerca de 42% do mercado, os supermercados, 3% e as independentes, mais da metade (55%). Segundo a IMS, em 2017, as grandes redes devem alcançar percentual que pode variar de 57% a 61%, os supermercados, 4% a 6% e as independentes, 35% a 39%. "Haverá uma consolidação desse mercado a médio e longo prazo. O que é bem visto por nós pois traz ao mercado brasileiro novas tecnologias e acesso a capital", diz Sergio Mena Barreto, presidente da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogaria (Abrafarma).
O interesse no mercado brasileiro é explicado pelos resultados. O Brasil deve se tornar, em 2017, o quinto maior mercado de varejo de farmácias do mundo, calcula a Abrafarma. Hoje, o país é o sétimo colocado. De janeiro e novembro, o varejo de farmácias (contabilizando apenas medicamentos) vendeu cerca de US$ 22,7 bilhões, segundo a IMS. Neste valor é preciso incluir de US$ 6 bilhões a US$ 7 bilhões relacionado a venda de itens de higiene e beleza. A expectativa da IMS é que, ao final de 2017, esse valor de pouco mais US$ 22 bilhões dobre e atinja mais de US$ 44 bilhões (R$ 88 bilhões). Caso alcance esse resultado, o segmento terá dobrado de tamanho em cinco anos.
Esse ritmo deve levar o setor a registrar expansão de, no mínimo, 16% em 2012 - até novembro esse mercado cresceu 16,5%. As maiores redes do país estão localizadas no Sudeste. (AM)
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