Um diagnóstico rápido é crucial para o bem-estar do paciente, pois permite que o tratamento comece o mais cedo possível, evitando complicações adicionais e proporcionando alívio. Para viabilizar este cenário, o Point-of-Care Testing (POCT) – teste de diagnóstico rápido – tem ganhado cada vez mais importância nos serviços de saúde.

Compreendido como uma testagem conduzida próximo ao local de cuidado ao paciente, o POCT é realizado, inclusive, em consultórios e locais fora da área técnica de um laboratório, por profissionais de saúde. Essa estratégia é especialmente relevante em situações de emergência, em que a rapidez e a precisão do diagnóstico são determinantes para o sucesso do tratamento.
 

“A redução no tempo de permanência do paciente na unidade é notável, proporcionando rotatividade de leito com brevidade”, afirma Cinthia Calastro, gerente técnica regional do CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”, que, atualmente, administra cinco unidades de saúde 24 horas que dispõem desta tecnologia.

Localizadas no extremo da zona sul de São Paulo, a UPA Vera Cruz, UPA Jardim Ângela, AMA Capão Redondo, PA Jardim Macedônia e AMA Parque Novo Santo Amaro, sob gestão do CEJAM, em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, contam com o dispositivo, desde fevereiro de 2023, para apoiar a assistência prestada à população.
 

Os exames realizados no POCT incluem testes para infarto, anemia e gasometria. Para Patrícia Gaia, gerente da UPA Vera Cruz, a implantação do dispositivo impactou positivamente no atendimento prestado ao usuário.

“Assertividade na condução clínica e resolutividade, tempo menor de permanência no serviço e discussão de caso baseado em análise clínica laboratorial com mais rapidez estão entre os principais pontos de melhoria”, afirma.

Com essa tecnologia, os resultados dos testes ficam disponíveis em poucos minutos. “Estou muito satisfeita, pois imaginei que seria necessário esperar horas para obter o resultado do exame. Fiquei surpresa com a praticidade com que ele foi realizado”, conta a paciente Sandra dos Santos.

Para que o POCT seja feito com segurança e qualidade, é essencial que os profissionais de saúde que o realizam estejam treinados e capacitados. “A adaptação a essa nova tecnologia foi muito bem aceita. A agilidade da liberação do resultado do exame, para o tratamento adequado, encantou a equipe”, ressalta Calastro.

O médico Leandro Degasperi, que atua na UPA Jardim Ângela, explica que o POCT é uma ferramenta valiosa, especialmente considerando o aumento do fluxo diário de usuários nos serviços.

“Ele contribui na tomada de decisão de transferência do paciente ao hospital visando o início imediato do tratamento, sem perder a hora de ouro – contada do momento da entrada do paciente na unidade de urgência e emergência até a admissão dele no sistema hospitalar -, assim como na atualização do quadro clínico e, até mesmo, na alta”, destaca.

Com a possibilidade de realizar testes diagnósticos precisos e rápidos no local de atendimento, a técnica pode salvar vidas, reduzir custos e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.