Pesquisa ANAB de Planos de Saúde indica que 83% da população valoriza, deseja ou teme perder o plano de saúde. O setor, por sua vez, atua para atender o beneficiário, criando produtos com coberturas assistenciais a preços compatíveis com o orçamento das famílias. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) acaba de divulgar que o número de beneficiários de planos de saúde fechou 2022 com a marca de 50,5 milhões de pessoas, o maior número desde dezembro de 2014. O aumento de clientes de planos, no entanto, chega no mesmo momento em que o Banco Central anuncia que o endividamento das famílias brasileiras, com operações de crédito, chegou ao patamar de 49,5%, em novembro.
O setor está mais preocupado e os brasileiros devem cortar mais gastos acompanhando a tendência mundial, de acordo com a consultoria Bain & Company, 85% dos entrevistados reduziram ou planejam reduzir seus gastos pessoais. Uma das mudanças apontadas pelo estudo entre os brasileiros é que a saúde, depois de dois
anos, está ficando em segundo plano.
Para não perder o acesso ao benefício, uma das alternativas das famílias é exercer a portabilidade de carências, medida que permite a mudança de plano mais em conta, sem perder as coberturas necessárias e sem a necessidade de cumprir novos prazos para utilização dos serviços. Para auxiliar o consumidor no processo de portabilidade, a Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (ANAB) disponibiliza em seu site o Guia de Portabilidade dos Planos de Saúde, um material online e gratuito com todas as informações necessárias para o beneficiário solicitar a mudança.
“Ter plano de saúde hoje é um dos maiores desejos de consumo do brasileiro, atrás apenas da casa própria e de educação. Enquanto o número de novos beneficiários cresce, vemos também uma parcela de pessoas que buscam uma solução para manter o plano, especialmente em virtude do preço. O guia da ANAB ajuda a mostrar ao consumidor que ele tem direito à portabilidade e que ela pode ser uma alternativa para reduzir valores e alinhar uma cobertura mais adequada às necessidades”, explica Alessandro Acayaba de Toledo, advogado especializado em direito na saúde e presidente da Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (ANAB).
Várias administradoras de benefícios têm criado junto às operadoras produtos para atender aquele consumidor que deseja manter o plano e reduzir os valores da mensalidade, com o atendimento de redes médica-hospitalares de alcance regional, com foco em necessidades locais; e por parcerias com operadoras verticalizadas – que possuem seus próprios locais de atendimento ao paciente.
“O ano já começou e a saúde de todos os brasileiros precisa receber uma atenção especial não só pelo SUS, mas também para a saúde suplementar. As nossas empresas associadas estão atuando para orientar os consumidores a fazerem seus cálculos e optarem por alternativas muito próximas ao produto que já dispunham e, assim, manter o plano de saúde, que é tão importante”, afirma Alessandro Acayaba de Toledo, presidente da ANAB.
O papel das administradoras de benefícios – A ANAB representa as empresas que fazem a gestão e comercialização de planos de saúde coletivos, aquela em que o benefício é vinculado a alguma empresa ou entidade de classe a que o consumidor pertença. De acordo com a ANS, há 175 administradoras de benefícios cadastradas no país. Levantamento da ANAB aponta que, nos últimos 8 anos, quem tinha uma administradora de benefícios na gestão do plano de saúde pagou R? 6,6 bilhões a menos de reajuste das operadoras. Esse valor representa a diferença entre o pedido pelas operadoras para o reajuste anual e o efetivamente cobrado dos clientes das administradoras de benefícios após a atuação dessas empresas na negociação em prol dos consumidores.