ALifesHub, sediada em Florianópolis/SC, fornece dados estratégicos de saúde para empresas e profissionais do setor. A exemplo do serviço que já desenvolve no Brasil por meio de plataforma de inteligência, a helthtech desenvolveu um projeto na Colômbia que permitirá, aos gestores e decisores de investimentos em saúde no país, uma tomada de decisão mais assertiva.
O projeto surgiu a partir da necessidade de um dos clientes no Brasil. Uma indústria multinacional de equipamentos hospitalares buscava aprimorar a estratégia de mapeamento de demanda na Colômbia, mas não tinha disponível uma base de informações aprofundadas para fundamentar sua tomada de decisão no país vizinho.
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Inicialmente, o estudo organizou e cruzou informações a respeito da estrutura colombiana para realização de exames de imagem, ressonância magnética, tomografias, ultrassons, mamografias, entre outros. De acordo com Cairo Bueno, Diretor de Tecnologia da LifesHub, existe na Colômbia uma estrutura semelhante ao Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro, que disponibiliza à população informações básicas de transparência na gestão pública, porém sem o mesmo nível de detalhamento em relação à quantidade de equipamentos e distribuição na estrutura hospitalar e clínica do país.
“No Brasil, conseguimos organizar uma base que diz quais equipamentos e quantas unidades cada hospital possui de cada um, mas na Colômbia tal indicador não existe. Então, buscamos formas alternativas de chegar nessa informação, cruzando dados fornecidos pelo governo, mapeando toda a produção dos hospitais e clínicas e fazendo a inferência da capacidade de atendimento de cada aparelho”, detalha Cairo.
A pesquisa foi longa e envolveu a base de dados do governo, densidade demográfica, produção hospitalar, notícias veiculadas na mídia colombiana sobre ampliação de estrutura e reformas hospitalares, programação de robôs de monitoramento de informações sobre saúde e cálculos de potencial de atendimento de pacientes por equipamento, inclusive projetando a durabilidade de cada máquina em uso.
“Sabendo a data de inauguração de determinados serviços de saúde, fizemos uma relação da vida útil de cada aparelho e pudemos ter uma perspectiva da necessidade de recompra ou ampliação de estrutura nos próximos meses e anos”, complementa o executivo.
Os dados são organizados de tal modo que o sistema de Inteligência Artificial da LifesHub consiga identificar as situações habituais que levam um estabelecimento a iniciar um processo de compra. Conforme as novas informações são atualizadas, o sistema classifica todo o mercado potencial em ordem de prioridade para uma nova prospecção de vendas.
As informações qualitativas organizadas pela plataforma ainda permitem a elaboração de uma estratégia de imersão e prospecção no mercado fundamentada no histórico de serviços prestados à população e na projeção de melhoria da estrutura, como previsão de obras públicas ou repasse de verbas para ampliação hospitalar.
“Saber que um determinado hospital tem um aparelho de ressonância, mas ainda não tem tomógrafo é uma oportunidade, assim como saber que um hospital está em fase final de construção sugere que o próximo investimento será em equipamentos”, exemplifica Cairo.
As informações construídas pela plataforma podem fundamentar diversas decisões na promoção da saúde: gestores de saúde conseguem planejar investimentos em infraestrutura e compra de novos equipamentos; a indústria tem base de dados para planejar sua estratégia de prospecção de novos mercados; profissionais podem visualizar regiões com maior demanda por determinadas especialidades e serviços; planos de saúde podem desenvolver estratégias de ampliação de sua malha de atendimento.
“A entrega da versão colombiana da nossa plataforma de inteligência é de grande significado para nossa equipe, pois representa a primeira experiência fora do país e o primeiro passo da expansão da LifesHub na América do Sul. Este foi o primeiro ano de imersão na Colômbia e fizemos um conjunto preliminar de indicadores.
Para 2023, queremos ir além e criar indicadores regionais próprios da saúde no país envolvendo PIB, densidade demográfica, mapeando leitos por mil habitantes nos municípios, quantidade de leitos por milhão de habitantes no país entre outros. Desenvolver um ranking não só dos estabelecimentos de saúde, mas ter a capacidade de avaliar quais regiões têm maior demanda e quais têm dificuldades de acesso ao atendimento de saúde”, conclui Cairo.