No último dia 13 de dezembro entrou em vigor o decreto do Governo Federal que institui a Rede Brasileira de Pesquisa Clínica (RBPClin), com o objetivo de promover o desenvolvimento científico, tecnológico e a inovação nacional em pesquisa clínica. A rede funcionará como um fórum de articulação Inter setorial e de cooperação técnico-científica, com o objetivo de fortalecer a pesquisa clínica no país.
A instituição da RBPCLin é um grande avanço para a implementação das diretrizes nacionais para a pesquisa clínica e um importante passo para o desenvolvimento de pesquisas e tecnologias em saúde no Brasil.
“Isso representa mais um avanço no esforço para colocar o Brasil em destaque no cenário mundial como um país de referência em pesquisas clínicas. Nós temos uma população multiétnica, excelentes profissionais e infraestrutura já estabelecida, ou seja, características que nos proporcionam vantagem em comparação com outros países”, afirma Fernando de Rezende Francisco, gerente executivo da Associação Brasileira de Organizações Representativas de Pesquisa Clínica (Abracro).
Apesar de o Brasil ter ao seu favor características favoráveis para o desenvolvimento de novos medicamentos, a falta de uma legislação efetiva para regulamentar as pesquisas clínicas afasta empresas interessadas em conduzir estudos no país. Tanto que, segundo os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 1999 e 2019, o Brasil registrou 17 mil ensaios clínicos, sendo que nesse mesmo período, os Estados Unidos registraram 157 mil, e a China 80 mil.
“Investir em ciência e tecnologia é imprescindível para qualquer país que busca avanço e crescimento, então é importante que as pesquisas clínicas sejam valorizadas no Brasil para que o país se torne referência mundial na área da saúde e da ciência”, finaliza Francisco.
As pesquisas clínicas são estudos feitos com humanos para saber a eficácia e a segurança de novos medicamentos ou novas vacinas. Para realizar os testes, são selecionados voluntários de diferentes perfis que variam de acordo com o medicamento em questão. A pesquisa é feita em três etapas.