O paciente que procura um hospital pode não ter o conhecimento necessário para escolher entre as diferentes opções. Mas são as certificações conquistadas, as rígidas regras de qualidade técnica e indicadores específicos que devem orientar sobre o padrão de atendimento e a segurança do paciente. Infelizmente, no Brasil, a maioria das instituições não divulga seus resultados. Não é o caso da Rede D’Or.
Composta por 69 hospitais próprios e dois administrados, além das 53 clínicas oncológicas, a Rede D’Or mantém o maior Programa de Qualidade Técnica do país. Criado há 12 anos, consiste no monitoramento contínuo de indicadores de saúde, como letalidade, infecções e taxa de reinternação, entre outros. Os achados são constantemente comparados aos mais elevados padrões internacionais e discutidos mensalmente com a alta direção da empresa.
Com ampla base de dados e tecnologia, os eventos são monitorados e toda oportunidade de atualizar protocolos é rapidamente adotada por todo o grupo. Assim, independentemente da marca ou localização geográfica de um hospital, alcança-se o mesmo nível de qualidade técnica.
“Para nós, há um padrão de qualidade técnica que deve ser oferecido a todos, seja qual for o convênio ou perfil socioeconômico do paciente. A diferença entre os hospitais deve ser exclusivamente a hotelaria, nunca a assistência”, salienta Helideia Lima, diretora de Qualidade Assistencial.
Reconhecidamente, o Programa da Rede D’Or coleciona os melhores índices nacionais e internacionais conferidos por acreditadoras do setor, como é o caso da Joint Commission International (JCI).
Sem fins lucrativos, com sede nos Estados Unidos, a JCI é considerada a mais rigorosa em termos de aferição da qualidade de atendimento de saúde e segurança do paciente. A comissão inclusive só aceita avaliar hospitais que já têm padrão técnico elevado.
Atualmente, a rede conta com 81% dos seus hospitais acreditados, os demais estão em processo. Das 47 unidades hospitalares no Brasil com o selo da JCI, 23% são da Rede D’Or.
Assim com a JCI, a Associação Nacional de Hospitais Particulares (Anahp) também é responsável por dar transparência aos números do setor, comparando resultados de seus associados, alguns dos maiores hospitais do Brasil.
Em comparação com a média dos hospitais da Anahp e da JCI, as unidades da Rede D’Or apresentam índices melhores. Quem dá entrada em uma das unidades da Rede D’Or tem, por exemplo, menos chance de ser reinternado em uma UTI em um prazo de até 24 horas, de sofrer com uma infecção primária da corrente sanguínea (associada ao uso de catéter) ou do trato urinário (associada ao uso de sonda) — veja mais no quadro abaixo.
Entre os colaboradores da linha de frente e administrativos, a Rede D’Or realiza uma pesquisa a fim de mapear a percepção local sobre a cultura de segurança. Os achados são compartilhados e alimentam as ações do Programa. “Os resultados que temos alcançado até agora confirmam o que defendemos em todos as nossas unidades. O paciente está no centro do cuidado”, diz Helideia Lima.
UTI TOP
A Rede D’Or também se submete a outras duas certificações. A Top Performer e a Top Eficiente são concedidas em parceria pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib) e pela Epimed, líder no mercado de gestão de informações clínicas. Juntas, elas monitoram as UTIs com os melhores resultados clínicos e a alocação dos recursos de forma mais eficiente para o cuidado do paciente. Atualmente, a cada 100 unidades intensivas com o selo Top Performer, 40 são da Rede D’Or .
“Um bom hospital se distingue pela capacidade de oferecer o que há de melhor em qualidade técnica de uma ponta a outra ponta do atendimento. Saber que posso contar com um das melhores UTIs brasileiras traz segurança para minha equipe e para o paciente”, explica Paulo Niemeyer, neurocirurgião nos hospitais da Rede D’Or no Rio de Janeiro e DF.
MAIS CONHECIMENTO
O cuidado inclui ainda a constante troca de conhecimentos entre profissionais médicos. Em reuniões diárias, de forma virtual, especialistas de diferentes unidades da Rede D’Or discutem casos complexos. Referência internacional no tratamento de câncer, Paulo Hoff, presidente da Oncologia D’Or, comanda uma dessas conversas. “Esses encontros, chamados de ‘Tumor Board’, associados ao nosso prontuário eletrônico único e extenso banco de dados, ajudam a estabelecer e harmonizar as melhores práticas em todos os nossos serviços”, detalha Hoff.
VALOR REAL
A diretora de Qualidade Assistencial explica que a Rede D’Or parte da premissa de que a diferença entre as unidades deve ser exclusivamente na parte de hotelaria, nunca na qualidade.“Ver o paciente ir embora com o impacto da doença reduzido ou resolvido é o valor que perseguimos entregar não só para o paciente, mas para a sociedade”, conclui.