A Dasa, maior rede de saúde integrada do país, inaugura nesta quinta-feira uma unidade para cuidado integrado de oncologia de mais de oito mil metros quadrados, na Barra da Tijuca, um investimento de R$ 110 milhões, entre estrutura e equipamentos. Com o novo centro, o grupo chega a 26 unidades dedicadas exclusivamente ao tratamento de pacientes com câncer em Rio, São Paulo, Bahia, Brasília, Sergipe e Rio Grande do Norte. E a meta é chegar ao fim de 2023, com 30 unidades.
 

Desde 2020, quando se tornou uma vertical de negócios e assistência especializada no grupo, a oncologia já dobrou de tamanho. Outros grandes grupos também têm investido no segmento.

Em maio, a Beneficência Portuguesa de São Paulo, o Grupo Bradesco Seguros e o Grupo Fleury firmaram parceria para criação de uma empresa dedicada a serviços oncológicos com um aporte primário de R$ 678 milhões nos cinco primeiros anos de operação.

A Rede D'Or tem 45 clínicas de diagnóstico e tratamento do câncer distribuídas por Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Pernambuco, Sergipe, Maranhão, Ceará, Bahia e Sergipe.

Emerson Gasparetto, diretor-geral de Hospitais e Oncologia da Dasa, explica que o investimento nesse segmento faz parte da visão estratégica da empresa de atuar no cuidado integral do paciente. Inicialmente um grupo dedicado exclusivamente ao diagnóstico, a Dasa - que contabiliza 300 milhões de exames de sangue e mais de 15 milhões de imagens anualmente - vem investindo na ampliação do seu portfólio desde 2017.

Na oncologia, o cuidado integrado, explica o executivo, encurta o tempo médio entre o diagnóstico e o tratamento de 60 para 15 dias.

- A oncologia é uma peça-chave na nossa estratégia. O câncer vai se tornar a principal causa de morte e essa linha de cuidado, ponta a ponta, permite o diagnóstico precoce e reduz o tempo de espera pelo tratamento, isso produz custos mais baixos e desfechos melhores - destaca Gasparetto.

Essa é a primeira unidade oncológica do grupo concebida do zero, diz Gustavo Fernandes, diretor-geral de Oncologia da Dasa. A unidade oferecerá do serviço de diagnóstico passando por quimio e radioterapia até pequenos procedimentos como biópsia, ablação, implante de cateter.

- Há o investimento em equipamentos e pessoas para cuidar melhor desse paciente, de forma mais adequada, para isso também há o uso da tecnologia e do enorme banco de dados do grupo, o investimento em genética, que permite tratamentos mais eficazes - explica o médico.

Os novos investimentos no setor,d iz Gasparetto, podem ser orgânicos, como aconteceu na unidade da Barra; por aquisição, com a compra em abril deste ano do Centro de Tratamento Oncológico (Centron), clínica de oncologia especializada em onco-hematologia liderada pelo médico Daniel Tabak, uma referência no tema.