Com sistema de reuso, Bandeirantes economiza 45 mil litros d'água
Sistema capta água de chuveiros e lavatórios para usos não potáveis. Resíduos sólidos e lixo eletrônico também ganharam destinação especial
19/11/2014
Com sistema de reuso, Bandeirantes economiza 45 mil litros d'água
 
São Paulo vive uma séria crise de abastecimento de água. Com a necessidade de encontrar alternativas para evitar o desperdício e pensar no uso da água, já há algum tempo a Sociedade Assistencial Bandeirantes investe em políticas de uso sustentável da água e preservação ambiental. 

A instituição possui um sistema de água de reuso cujo princípio básico é tratar a água utilizada no uso dos chuveiros e dos lavatórios dos banheiros. Outras preocupações da entidade incluem o remanejo de resíduos sólidos e o e-lixo, ou seja, o descarte de equipamentos eletrônicos.

As inovações de sustentabilidade foram pensadas para minimizar os impactos causados no meio ambiente. Segundo Áurea Barros, coordenadora do Instituto Saúde Bandeirantes, as diretrizes foram baseadas em quatro princípios: identificar e eliminar o desperdício; aperfeiçoar a segregação de resíduos e a reciclagem de materiais; utilizar fontes de energia renováveis; e reduzir o impacto no meio ambiente.

Recursos hídricos
O sistema de água de reuso (águas cinzas) do Bandeirantes tem como princípio básico tratar a água utilizada em chuveiros e lavatórios dos banheiros. Após o tratamento, a água adquire finalidades não potáveis. Antes, no entanto, ela passa pela rede de tratamento que tem vários sistemas: desinfecção, decantação, filtração e nova filtração através de filtros “bag” de cinco micra.

Áurea explica que a água é captada dos chuveiros e lavatórios e passa por todo o processo de tratamento. Depois de tratada essa água “cinza” fica armazenada em reservatório e é utilizada em descargas, lavagem de calçada, irrigação de plantas e outros fins.

Os resultados são positivos: a instituição capta e trata mensalmente, em média, 450 m³ (ou 45 mil litros), reduzindo o uso de água potável e deixando de lançar esgoto na rede. 

Também como parte do investimento, o Bandeirantes instalou vasos sanitários e torneiras ecoeficientes, além da implantar sistemas de captação, tratamento e reutilização da água da chuva e das torneiras e chuveiros dos apartamentos das unidades de internação. A redução do consumo chega a 6,27%.

Mais economia
A instituição também mantém o Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos dos Serviços de Saúde (PGRSS), que tem o papel de cumprir a legislação e desenvolver atividades que consolidem a política de sustentabilidade ambiental. Segundo Áurea, a estratégia é despertar a responsabilidade da comunidade hospitalar em relação ao impacto ambiental da instituição.

Após o primeiro ano do programa houve elevação na geração de resíduos recicláveis em 53,6%. Só em papel foram 34,9 toneladas. Com estes resultados foi reduzida a necessidade do corte de 628 árvores e gerada economia de 349 mil litros de água.

A produção dos resíduos infectantes caiu para 3,21 quilos por paciente por dia em 2012 (dos 4,57 registrados em 2009), mesmo com a expansão do número de leitos da instituição.

O lixo eletrônico - que possui substâncias químicas como chumbo, cádmio, mercúrio, berílio, entre outros, e que exige descarte em condições adequadas pelo risco de contaminação do solo e da água – também ganhou destinação especial. A instituição descarta muitos equipamentos de TI, como computadores, CPUs, impressoras, placa-mãe etc, assim como equipamentos de enfermagem, como bombas de infusão, esteiras ergométricas, carros de exames eletrocardiograma.

Foi adotada uma solução ambientalmente correta para descaracterização e destinação do e-lixo. A Coopermiti, localizada na Barra Funda, na capital paulista, foi a central de triagem de resíduos eletroeletrônicos escolhida para receber o material.
 




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