Em 27 de novembro, quando é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Câncer, a Dasa, maior rede de saúde integrada do Brasil, anuncia novo teste para diagnosticar e classificar tumores cerebrais primários, disponível em seus 15 hospitais e na Dasa Genômica, braço de genômica da Dasa. O exame, que está sendo oferecido pela primeira vez no país, faz o perfil de metilação do DNA para classificação dos tumores cerebrais. Com o resultado, o médico tem em mãos uma forma mais precisa para identificar o tipo e o grau da neoplasia, contribuindo para uma melhor conduta clínica. 

“Todos os dias, a ciência dá passos largos em direção ao avanço de testes diagnósticos e tratamentos mais assertivos para o câncer, com o objetivo de oferecer um cuidado personalizado aos pacientes, chegando a melhores resultados. Para somar e oferecer inovações diagnósticas, agora médicos oncologistas, clínicos, neurologistas, neurocirurgiões e neuropediatras têm à disposição essa importante ferramenta para a sua prática clínica, com laudo integrado preconizado pelas principais sociedades médicas”, afirma Emerson Gasparetto, diretor-geral de negócios hospitalares e oncologia da Dasa. 
 

A relevância do novo exame é a contribuição para um diagnóstico mais rápido, assertivo e menos invasivo. “Se uma pessoa tem um tumor no útero, podemos tirar o órgão inteiro, dependendo do comprometimento, para fazer uma biópsia. No caso do cérebro, a cirurgia de coleta tumoral para análise é mais desafiadora. Em algumas situações, o especialista recebe um pedaço muito pequeno de material, porque é uma escolha entre acessar o tumor e mexer em alguma parte do cérebro que pode causar dano. Dessa forma, nem sempre o diagnóstico é tão preciso. Por isso, esse teste é tão importante para a conduta médica”, explica o dr. Felipe D’Almeida Costa, coordenador médico de educação em patologia da Dasa. 

Tecnologia e resultados assertivos 

 

Com a nova tecnologia, é possível analisar mais de 850 000 sondas ao longo do DNA para identificar a metilação – um tipo de modificação química das moléculas¹ – e obter um perfil dessa alteração. O teste permite analisar mais de 70 tipos de tumores que envolvem o sistema nervoso central, e o resultado é interpretado por um médico patologista com o auxílio de um algoritmo desenvolvido na Universidade de Heidelberg, na Alemanha, proporcionando um diagnóstico integrado, que engloba os aspectos microscópicos e moleculares do tumor. 

“Esse modelo nos gera um score de 0 a 1, que nos permite obter um diagnóstico mais assertivo. Nos Estados Unidos e na Europa, por exemplo, não se faz tratamento de tumor cerebral sem saber o perfil de metilação de cada caso. Afinal, esse teste pode chegar a mudar para melhor 25% dos diagnósticos já feitos anteriormente. É um número muito significativo.” 

Para se ter ideia da dimensão, no Brasil, só em 2020 foram mais de 11 000 casos de câncer no sistema nervoso central (SNC), sendo 88% no cérebro. Essa neoplasia representa de 1,4% a 1,8% de todos os tumores malignos no mundo.2 

O teste, como conta o dr. Costa, vai beneficiar pacientes cujo tumor tenha começado no cérebro e que tenham sido submetidos a biópsia ou cirurgia neurológica. “O especialista terá acesso a um relatório que integra três exames realizados atualmente. Além de tornar mais barato o procedimento, o novo teste é mais acurado.” 

O novo exame para tumores cerebrais primários está disponível na Dasa Genômica e nos hospitais Nove de Julho (SP), Santa Paula (SP), São Lucas Copacabana (RJ), Complexo Hospitalar Niterói (RJ) e no Hospital Brasília (DF).