Em uma sociedade cada vez mais digitalizada, diferentes esferas de negócios precisam investir em plataformas para agilizar as operações. E com a saúde não é diferente. As empresas do setor estão cada vez mais atentas aos movimentos de inovação para otimizar as relações entre operadores de planos de saúde, médicos e pacientes. Nesse cenário, a tecnologia low-code se tornou uma aliada por permitir que os sistemas operacionais tenham milhares de acessos simultâneos e sejam atualizados com facilidade e rapidez, sem precisar de um profissional especializado em programação.
Essas plataformas de desenvolvimento sem código e de baixo código deram às empresas mais flexibilidade para criarem suas próprias aplicações móveis para os utilizadores. Com a reduzida dependência de programadores de software especializados, as empresas podem responder rapidamente às novas tendências comerciais e atender a demandas diretamente da ponta da cadeia, em que os indivíduos têm total expertise sobre o negócio em seus departamentos. É o caso dos profissionais da saúde que detêm o conhecimento sobre necessidade, gargalos e potenciais do setor que atual e, com o low-code, podem estar lado a lado com a equipe de TI para desenvolver as aplicações que supram suas demandas.
Dados publicados pela consultoria Gartner projetam que mais de 65% dos softwares e aplicativos serão desenvolvidos em low-code até 2024, com crescimento médio de 40% ao ano. Segundo a pesquisa, esse mercado movimentou cerca de R$ 72,67 bilhões em 2021 no planeta, uma alta de 22,6% em relação a 2020.
Hoje, a busca tem crescido progressivamente, tanto entre as grandes, quanto entre as pequenas empresas. Nas companhias de maior porte, o desafio é a busca por mais agilidade e pelo suprimento da escassa mão de obra especializada em TI. Por outro lado, as empresas de pequeno e médio porte procuram formas de validar e implementar novas ideias dentro de um universo digital. Esse movimento é de pura democratização da tecnologia e traz muitos benefícios para um setor primordial como a saúde.
Após a pandemia, muitas plataformas na área da saúde ficaram desatualizadas em sistemas legados por falta de compatibilidade com novas tecnologias. Porém, a transformação digital ganhou celeridade durante o isolamento. Rápidas, robustas e de fácil adoção, as plataformas de desenvolvimento low-code na área de saúde surgiram como ótima opção para sistemas desatualizados.
Um exemplo importante da aplicação do low-code é a inclusão da telemedicina, que cresceu muito após a pandemia. No atual momento, tornou-se essencial que hospitais, clínicas e outros negócios na saúde sejam capazes de atender seus pacientes online. Por isso, atualizar os sistemas para permitir essa ação é prioridade, incluindo o acesso remoto a dispositivos móveis.
A transformação digital também é fundamental para os processos internos das equipes nos plantões. A integração de plataformas low-code pode ajudar as equipes médicas a se comunicarem melhor durante os turnos. A partir de uma ferramenta simplificada, é possível relatar incidentes, necessidades de pacientes, acompanhar o ciclo de vida dos eventos e outras informações de maneira mais prática. Com uma ferramenta de controle e gestão para acesso de todos os profissionais, o trabalho se torna ágil e ganha eficiência.
Outro processo que se impulsiona com ferramentas criadas por meio de low-code na área de saúde é o agendamento de consultas. Os aplicativos podem ser aproveitados para melhorar a experiência dos pacientes na hora de reservar horários de atendimento. Ao mesmo tempo, é possível gerenciar os turnos dos médicos. Assim, os gestores ganham mais visibilidade para combinar as agendas de médicos e pacientes.
O low-code na área de saúde tem muito a oferecer para as empresas do setor, dando apoio à equipe de TI, empoderando os profissionais de cada área sobre suas atividades e ampliando a governança do negócio. A plataforma é uma importante aliada da transformação digital e agora é a hora de investir. As companhias que apostarem em diferenciais neste momento poderão viabilizar projetos inovadores e se destacar. Já quem perder a oportunidade pode ficar para trás.
*Tiago Farias é CO-CEO TrueChange.