Hospitais privados apontam aumento de 140% nos casos de Covid-19 em novembro
25/11/2022

Percentual de pacientes atendidos no pronto-socorro com a doença hoje é de 21%, contra 37% em julho, último pico da doença, indica pesquisa Anahp

Uma pesquisa realizada pela Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados) com seus associados revela um aumento de 140% no aumento de casos de Covid-19 nos hospitais privados em novembro. Além do vírus, outras síndromes gripais também mostraram elevação de 78%.

Ao comparar o período atual com o último pico, registrado em julho, o percentual de atendimentos para Covid-19 no pronto-socorro dos hospitais está em 21%, contra 37% naquele mês.

Em relação ao agravamento da doença, o resultado obtido na comparação entre as duas ondas mostra que ambas tiveram um comportamento similar, já que o percentual de pacientes que evoluíram para internação foi de 14% em novembro contra 13% em julho.

De acordo com Camila Almeida, infectologista do Hospital e Maternidade Santa Joana, atualmente, os casos de contaminação por Covid-19 são causados pela variante conhecida como BQ.1, que é uma sublinhagem da Ômicron, responsável pela onda de julho.

“Até o momento, não há dados que demonstrem uma maior gravidade da doença devido à infecção pela BQ.1. Está sendo observado aumento de hospitalizações e de internações em UTI, mas ainda inferior a períodos anteriores. Os sintomas têm sido leves, com quadro de coriza, febre, dor de garganta etc. Os pacientes que estão sendo internados são aqueles com comorbidade e idosos”, explica a especialista.

Outro dado interessante obtido por meio da pesquisa é o aumento também de casos de síndromes gripais nos hospitais, já que 78% das entidades associadas à Anahp relataram o crescimento da procura por atendimento médico.

Conforme a infectologista, as ocorrências de casos gripais nesta época de fim de ano refletem uma mudança de sazonalidade, já que o histórico é de circulação do vírus entre fevereiro e julho. Para Camila, a mudança de comportamento deve estar atrelada às flexibilizações de medidas preventivas, como a não-utilização de máscara.

“Outros vírus também estão circulando no momento, como o VSR (Vírus Sincicial Respiratório), levando também a um aumento da procura de atendimentos por quadros respiratórios.”

Ações como uso de máscara, higiene das mãos e distanciamento de pessoas sintomáticas continuam sendo primordiais para reduzir os riscos de contágio, destaca Camila.

A especialista reforça também que a vacinação é fundamental neste contexto e atualizar o esquema vacinal é de suma importância. “Devido às frequentes mutações do vírus da Covid-19, provavelmente, continuaremos registrando ondas da doença, pelo menos durante um tempo”, finaliza.

Essa pesquisa faz parte da publicação Indicadores Hospitalares Anahp de novembro de 2022, que pode ser acessada na íntegra em https://bit.ly/IndicadoresAnahp_nov22 

Fonte: Anahp




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