89% dos brasileiros mudariam hábitos alimentares, mostra pesquisa
Em um mundo em que a obesidade causa mais vítimas do que a desnutrição, brasileiros são os mais predispostos a mudar
17/11/2014
89% dos brasileiros mudariam hábitos alimentares, mostra pesquisa

sobrepeso é um grande problema que não para de crescer. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), desde 1980 a obesidade mais do que dobrou no mundo todo, sendo que 65% da população mundial vive em países onde o sobrepeso e a obesidade causam mais vítimas do que a desnutrição. 

Diante desse problema, a WIN Américas organizou a pesquisa Percepção e Realidade – Um estudo sobre a obesidade nas Américas, realizada em nove países do continente americano (Argentina, Brasil, Canadá, Colômbia, Equador, Estados Unidos, México, Panamá e Peru), que representam 90% da população da região. No Brasil, a pesquisa foi conduzida pelo CONECTA, plataforma web do IBOPE Inteligência.

Segundo o estudo, apesar de 75% dos cidadãos das Américas desejarem realizar mudanças na sua alimentação, apenas 19% conseguem fazer essas alterações com sucesso. Os brasileiros são os mais dispostos: 89% mudariam seus hábitos alimentares. Os norte-americanos e canadenses aparecem na sequência, com 77% e 76%, respectivamente. Por outro lado, os mexicanos se mostram muito resistentes: 50% não querem mudar sua maneira de se alimentar. 
 


De acordo com o estudo, as mulheres têm uma percepção mais crítica de sua saúde do que os homens: 67% delas se declaram saudáveis, percentual que sobe para 72% entre os homens. Eles, entretanto, têm mais dificuldades para enfrentar os problemas relacionados ao sobrepeso do que elas: 40% dos homens declaram estar acima do peso, porém, de acordo com seu IMC, (Índice de Massa Corporal) 52% têm sobrepeso de fato. Entre as mulheres as percepções se invertem: 46% dizem estar com sobrepeso, mas o cálculo do IMC mostra que, na realidade, 43% delas estão acima do peso. 

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Atividade física
Outro aprendizado retratado pela pesquisa é que a atividade física não tem forte presença na América Latina. Enquanto na América do Norte, onde estão os dois países com maior índice de declarações afirmativas de exercícios regulares (Canadá e Estados Unidos), 68% da população pratica exercícios regularmente (duas vezes por semana ou mais), nos países latino-americanos o índice cai para 41%, sendo que 31% não fazem nenhuma atividade (14% na América do Norte). Peruanos e panamenhos são os que menos se exercitam.
 


Na média do continente, 52% afirmam realizar exercícios físicos regularmente, 24% praticam atividades com uma frequência menor e outros 24% não se exercitam. 
De acordo com a diretora executiva do CONECTA, Laure Castelnau, os resultados refletem uma situação preocupante: a população das Américas está com excesso de peso, mas não reconhece claramente que isso pode ser um problema. 

Laure afirmou, em comunicado ao mercado, que alguns até entendem que precisam mudar seus hábitos alimentares e praticar exercícios, mas poucos realmente tomam uma atitude e acabam colocando sua saúde e bem-estar em risco. 

*A pesquisa, realizada pelo CONECTA (IBOPE Inteligência), ficou em campo agosto e setembro de 2014, com 10.786 entrevistados de nove países do continente
 




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