Dasa e Fleury reduzem seus investimentos
12/11/2014 - por Beth Koike | De São Paulo

Dasa e Fleury, as duas maiores empresas de medicina diagnóstica do país, estão encerrando o ano com um investimento menor que o projetado inicialmente.

Ontem, a Dasa, dona da rede de laboratórios Delboni Auriemo, informou que não atingirá os R$ 200 milhões planejados em seu orçamento de 2014. Nos nove primeiros meses, a companhia investiu R$ 115,9 milhões. Deste total, 39% serão revertidos para aquisição de equipamentos médicos, 38,6% para abertura e expansão de unidades e 22,3% para tecnologia da informação.

"Para 2015, estimamos um capex [investimento] de cerca de R$ 200 milhões, mas ainda é uma estimativa, porque esse valor ainda não foi aprovado", disse Dickson Tangerino, presidente da Dasa, durante teleconferência para analistas.

Já o Fleury reduziu duas vezes suas projeções de investimento. Inicialmente, a companhia tinha planos de aplicar R$ 221 milhões neste ano, mas já no segundo trimestre diminuiu para R$ 150 milhões e, na semana passada, informou que vai investir entre R$ 100 milhões e R$ 120 milhões.

Segundo João Patah, diretor de relações com investidores do Fleury, parte dos projetos não realizada este ano ficará para o biênio 2015/2016. A queda nos valores aplicados decorre da nova estratégia da companhia, de expandir os laboratórios da marca Fleury e reposicionar as unidades da marca a+ para o segmento intermediário premium. Antes, a empresa tinha um projeto de expansão mais robusto para as duas bandeiras.

Há cerca de dois anos, tanto Dasa quanto Fleury vêm atravessando uma profunda reestruturação e mudanças de acionistas.

A Dasa está investindo em equipamentos e contratação de médicos - a companhia pretende aumentar sua credibilidade, principalmente junto à comunidade médica. Esse processo, iniciado há cerca de dois anos, tem provocado queda expressiva de rentabilidade. Além disso, em dezembro de 2013, o empresário Edson Bueno (fundador da Amil) surpreendeu ao fazer uma oferta para aquisição do controle da Dasa. Hoje ele detém 72% da companhia.

O Fleury, por sua vez, fez 27 aquisições com foco no público de classe média, mas agora está voltando ao segmento premium. Além disso, há em andamento um processo de venda do controle, cuja primeira tentativa com a gestora Gávea fracassou.

 


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