O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) anunciou esta semana a liberação de mais R$ 40 milhões para as obras do Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro, em Belo Horizonte. Os recursos serão utilizados para o financiamento das obras de acabamento, equipamentos assistenciais e mobiliário. Do investimento total de R$ 225 milhões previsto para a unidade de saúde de 440 leitos, o banco financiará cerca de R$ 90 milhões.
Fruto de uma parceria público-privada (PPP), a Sociedade de Propósito Específico (SPE) Novo Metropolitano S.A. – formada pelas empresas Andrade Gutierrez, Gocil Serviços de Vigilância e Segurança e Vivante - é responsável pela construção e operação não assistencial do hospital.
As obras foram assumidas pela SPE após a construtora anteriormente responsável pelas obras, que começaram em 2010, abandonar o projeto – que já contava com 12 andares construídos ao curso de R$ 49 milhões. Conturbado, o processo de construção foi abandonado por duas vezes (2011 e 2013) antes do contrato de celebração da PPP.
Os serviços hospitalares serão prestados por uma instituição paradministrativa criada pela prefeitura de BH para cuidar do hospital. O Serviço Social Autônomo, como é tipificado, terá a obrigação de manter e prestar serviços em todos os níveis de atendimento através do Sistema Único de Saúde (SUS). À prefeitura caberá apenas a participação nos conselhos administrativo e fiscal, além da diretoria.
Dos 440 leitos, 80 são de CTI. A capacidade é de duas mil consultas especializadas por mês, 1,4 mil internações e 700 cirurgias mensais, bem como 500 atendimentos de pronto socorro diariamente. Também poderão ser realizados até 12 atendimentos simultâneos e descentralizados ao trauma. O hospital oferecerá ainda serviço ininterrupto com atendimento à urgência e emergência, com foco em atendimentos a traumas, casos graves e todos os tipos de complexidades (cirurgias eletivas e de urgência, cirurgias ambulatoriais, serviços de diagnóstico por imagem e internações, inclusive CTI).
A previsão é que a operação comece em abril de 2015, sendo que a concessão da prefeitura de Belo Horizonte ao parceiro privado será de 20 anos.