“Robôs são indispensáveis para a retirada de tumores malignos”
Cirurgião robótico do Hospital Albert Einstein, Antonio Macedo, fala sobre as tendências das cirurgias com robôs durante Seminário do LIDE
07/11/2014
“Robôs são indispensáveis para a retirada de tumores malignos”
Não dá para negar que há uma tendência no Brasil em usar computadores robôs nas cirurgias. A prática começou nos Estados Unidos nas décadas de 70 e 80 e, hoje, está se consolidando também na Europa e Ásia. Durante Seminário LIDE Saúde promovido nesta última quarta-feira (5), em São Paulo, o cirurgião robótico do Hospital Albert Einstein, Antonio Luiz Macedo, enfatizou a importância dos robôs para as cirurgias oncológicas. 

Com a alta incidência de câncer e o consequente aumento de cirurgias para a remoção tumoral, a tecnologia tem sido cada vez mais necessária, já que a laparoscopia não consegue chegar nos tumores malignos, segundo Macedo. 
 
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Algumas cirurgias levam até 14 horas e, conforme explicou o especialista, entre as vantagens de tais mecanismos está o fato de que eles não se cansam durante longas intervenções, conseguem chegar em locais mais profundos de maneira menos invasiva e não tremem, diminuindo assim os riscos dos pacientes.

Para ele, em um futuro próximo não haverá mais laboratórios para ensinar a lidar com alguns instrumentos, pois os robôs com simuladores substituirão essa fase. O cirurgião afirmou que essas técnicas já estão bem estabelecidas nas operações de câncer do esôfago, do pâncreas e do tórax. 

Para se ter uma ideia, atualmente nos Estados Unidos 85% das cirurgias para remoção de câncer de próstata são realizadas com o auxílio de robôs. Em relação a expansão dessa tecnologia no Brasil, Macedo acredita que o desafio está em universalizar o acesso, que ainda engatinha, estando disponível apenas em estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Pará. O presidente do Hospital Albert Einstein e Lide Saúde, Cláudio Lottenberg, fez um alerta durante o evento: “ter o equipamento sem capacitação pode matar os pacientes. É preciso, no mínimo, um ano de treinamento em simuladores e 200 cirurgias em laparoscopia para que o médico esteja apto a operar com robôs”. 

Apesar dos custos serem altos na hora da aquisição, acabam ficando baratos, na opinião de Macedo, pois a precisão do equipamento faz com que vidas sejam salvas. 

Fonte: Com informações de assessoria de imprensa LIDE Saúde 
 




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