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Após dois anos de estagnação na carteira de clientes corporativos, a OdontoPrev voltou a registrar crescimento nesse segmento, que representa 80% do total da base. Entre julho e setembro, a operadora de planos dentais conquistou 84 mil novos usuários, sendo que 69 mil são funcionários de grandes empresas. No segundo trimestre, a companhia havia apurado perda de clientes.

Segundo Mauro Figueiredo, presidente da OdontoPrev, a expectativa é que o segmento corporativo continue crescendo no próximo ano, mesmo com previsões de uma desaceleração da economia. "Projetamos um crescimento acima do PIB, com ganho de participação de mercado", disse. O executivo ressaltou que o crescimento da OdontoPrev não será marginal como estima-se para o PIB em 2015.

A expansão chama atenção em um momento de desaceleração no número de empregos formais. O desempenho da OdontoPrev costuma acompanhar o cenário macroeconômico, uma vez que o plano dental é um benefício trabalhista concedido pelas empresas.

Segundo o executivo, o aumento na carteira de planos corporativos é fruto de uma série de ações promovidas no ano passado, como saneamento de contratos pouco rentáveis, reformulação e integração das equipes comerciais da OdontoPrev e da Bradesco Seguros. Além disso, está sendo feito um trabalho com as companhias que já são clientes para que funcionários que ainda não têm o plano dental façam uma adesão ao benefício. Em muitas empresas o benefício dental é optativo e no momento da contratação nem todos os funcionários adquirem o produto.

Apesar da expansão na carteira empresarial, o volume de clientes de planos individuais está estagnada neste ano. No primeiro trimestre, a operadora detinha 467 mil usuários. Nos dois trimestres seguintes, a carteira ficou em 450 mil. Os segmentos individual e de PME (pequenas e médias empresas) são as apostas da OdontoPrev para não ser tão dependente do corporativo.

"O terceiro trimestre foi mais um período difícil para a OdontoPrev, com um crescimento de receita de apenas 6,7%, impactado por um fraco desempenho em PME e individuais", informa relatório da Fator. A receita somou R$ 288 milhões e o lucro líquido foi de R$ 45 milhões, com alta de 5% em relação a um ano antes.

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