Demanda cresce e rede privada investe na expansão
27/10/2014 - por Marleine Cohen | Para o Valor, de São Paulo

Para fazer frente à crescente procura por serviços médico-hospitalares, que ano passado registrou aumento de 4,6%, o que corresponde a 2,2 milhões de novos associados a planos de saúde em todo o país, segundo o Sistema de Saúde Mãe de Deus, único complexo nacional da região Sul a receber duas certificações de excelência máxima, a indústria hospitalar tem lançado mão de uma única saída: apostar na expansão.

Os números da Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados) no tocante à demanda por atendimento nos Prontos-Socorros, internações e cirurgias dão ideia da envergadura das obras nos estabelecimentos de saúde particulares: em 2013, foram realizadas 3.933.813 consultas em PS e 3.100.000 em ambulatórios. No primeiro semestre deste ano, houve 373.235 internações, contra 668.294 no período anterior. O número de cirurgias realizadas ano passado chegou a 584.029 e o de partos, a 89.784, contra 326.249 cirurgias e 38.275 partos no primeiro semestre de 2014.

O Hcor acusa um crescimento de 15% este ano, com um total de 4 mil atendimentos ao mês no Pronto Socorro. O Hospital Alemão Oswaldo Cruz calcula uma procura 25% maior nos últimos dois anos, com uma média de 6 mil passagens mensais pelo pronto atendimento, e por isso colocou à disposição dos seus pacientes mais 100 leitos, nove salas de cirurgia e 10 leitos de UTI. O Hospital São José, está desembolsando R$ 100 milhões para oferecer 48 quartos novos e outros 12 para tratamento de quimioterapia. Já o Hospital 9 de Julho, cujo PS recebe 12 mil pacientes/mês, investiu R$ 40 milhões em 2013 para construir "um prédio ambulatorial que desafogasse o PS e recebesse os 8 mil pacientes/mês em busca de tratamento em todas as especialidades", diz o diretor geral, Paulo Curi.

O Hospital Samaritano, por sua vez, ampliou tanto as suas dependências físicas nos últimos cinco anos que chegou a abocanhar quase uma quadra inteira na região do Pacaembu. O investimento, estimado em R$ 240 milhões, dotou o estabelecimento de uma nova torre que adicionou 130 novos leitos aos 200 já existentes desde 2009, além de mais seis salas cirúrgicas de alta complexidade somadas às nove que já estavam em operação. O PS também cresceu, com quatro especialistas (neurologia, cardiologia, ortopedia e traumatologia) de plantão 24 horas sobre 24, e 300 novas vagas de estacionamento foram criadas, bem como um auditório para 200 pessoas e uma nova área de medicina de diagnóstico.

Para os próximos três anos, o Hospital Mãe de Deus, que integra o complexo homônino gaúcho, tem planos de aumentar sua capacidade de atendimento em 40% - o que significa, segundo o seu superintendente executivo, Alceu Alves da Silva, 15 mil m2 de área construída com três prédios novos, um bloco cirúrgico adicional e mais um CTI com 62 leitos suplementares, além de um setor de pediatria de última geração, com UTI neonatal e pediátrica, um setor de emergência três vezes maior, pronto atendimento e ambulatório com capacidade para 30 mil atendimentos por mês e a contratação de mil novos funcionários.

Quanto ao Hospital Infantil Sabará, que atende, segundo seu diretor superintendente, Wagner Cordeiro Marujo, a incrível média de 40 pacientes por hora - o que representa uma nova criança doente a cada 90 segundos - e chega a colocar seis pediatras de plantão durante toda a madrugada, é um dos estabelecimento de saúde que melhor reflete a verdadeira metamorfose pela qual passa um hospital para fazer frente à demanda.

Localizado desde os anos 60 e até meados da década de 1970 em um velho casarão com 12 quartos, no bairro de Higienópolis, o antigo Pronto Socorro transferiu-se para uma sede própria com cinco pavimentos e passou a operar com uma UTI pediátrica e neonatal a partir de 1972.

Modernizada e profissionalizada a gestão no início do anos 2000, ocupa um prédio com mais de 17 mil m2 na avenida Angélica. Dotado de 76 apartamentos para internação, tem 28 leitos de UTI, 11 consultórios pediátricos, um centro de diagnóstico, laboratorial e de imagens, e tem capacidade para receber 150 mil pacientes por ano. Segundo Cordeiro Marujo, a mudança de endereço exigiu recursos superiores a R$ 100 milhões.

 


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