A Hapvida (HAPV3) teve prejuízo de R$ 312,3 milhões no segundo trimestre deste ano, de acordo com o balanço divulgado pela companhia na noite desta quinta-feira, 11. O resultado reverteu lucro de R$ 104,6 milhões apurado no mesmo período do ano passado – uma queda de 398%.
Embora já esperado, o prejuízo ficou acima do esperado por analistas, que projetavam uma baixa em torno de R$ 200 milhões para a empresa no período, considerando as dificuldades de consolidação do portfólio após aquisições recentes – a fusão com a Intermédica foi finalizada em fevereiro deste ano. O resultado, por sinal, incorpora os resultados de fevereiro e março da Intermédica.
A receita líquida da companhia foi de R$ 6,08 bilhões, alta de 153% na comparação anual.
Já o Ebitda, principal indicador operacional da companhia, chegou a R$ 437,5, alta de 50% frente aos R$ 291,7 apurados no ano anterior. O Ebitda ajustado, que exclui plano de opções, atingiu R$ 582,3 milhões no trimestre, crescimento de 86,6% na comparação com
o mesmo período do ano anterior.
A margem Ebitda ficou em 7,2% baixa de 5 pontos percentuais (p.p.) frente aos 12,1% apurados de abril a junho de 2021.
Já o lucro líquido ajustado, que exclui plano de opções e a amortização de marcas e patentes e carteira de clientes, foi de R$ 241 milhões, queda de 11% frente aos ganhos de R$ 273 milhões em igual período do ano anterior.
O índice de sinistralidade da companhia subiu para 72,3%, alta de 5,8 ponto percentual (p.p.) frente aos 66,6% do mesmo período do ano anterior.
No campo positivo, a empresa surpreendeu no crescimento orgânico, que havia sido um dos principais pontos de atenção no primeiro trimestre. A Hapvida adicionou 139 mil novos clientes ao portfólio.
O crescimento orgânico ficou acima do esperado por analistas, que projetavam média de 90 mil adições. O número também ficou acima dos 122 mil novos clientes que haviam sido divulgados em dados da Agência Nacional de Saúde (ANS) na última sexta-feira.
O número de beneficiários de saúde e odonto consolidado cresceu 117,6% no segundo trimestre na comparação anual.
O ticket médio, que representa o gasto médio dos clientes da companhia, apresentou queda de 3,2% no consolidado. Segundo a empresa, o ticket individual foi impactado pelo reajuste negativo de 8,19% dos planos individuais divulgado pela ANS no último ano, vigente de maio de 2021 a abril de 2022.