Após investir R$ 1,4 bilhão para duplicar de tamanho em 2015, o Hospital Sírio-Libanês já tem no radar outras expansões que demandarão pelo menos mais R$ 1 bilhão. Além disso, o Sírio estuda ampliar o atendimento para o público da classe B, um grau abaixo dos segmentos atendidos hoje.
Esse novo público poderá ter acesso ao hospital premium a partir de 2016. Para tornar esse projeto realidade, o Sírio trabalha em duas frentes: ampliar a estrutura de atendimento e reduzir custos para que as margens de rentabilidade cresçam e sejam capazes de absorver os convênios médicos da classe B. Entre os projetos de redução de custos estão a informatização da farmácia e instalar dutos para coletar lixo (não hospitalar) e roupas sujas.
A maior parte do investimento de expansão será aplicada no primeiro hospital do Sírio-Libanês no Rio de Janeiro, cuja primeira fase do projeto absorverá R$ 500 milhões. A fonte dos recursos está sendo definida, mas já se sabe que uma parte virá de capital próprio e de doações de empresários e grupos cariocas. A doação é uma prática comum no setor de saúde. O Sírio-Libanês recebeu, nos últimos dois anos, doações de R$ 35 milhões.
"É um hospital de 400 leitos. Estamos procurando um terreno e há boas possibilidades de ser no Porto Maravilha. Essa área está passando por uma revitalização e um hospital é bem propício porque funciona 24 horas", disse Paulo Chapchap, médico cirurgião e superintendente de estratégia corporativa do Sírio-Libanês. A nova unidade no Rio começará funcionando com 80 leitos.
Em São Paulo, o investimento será de R$ 365 milhões distribuídos em dois projetos. O primeiro deles é um prédio com consultórios, centro de medicina diagnóstica e estacionamento, que receberá recursos de R$ 115 milhões, sendo R$ 39,4 milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e o restante de capital próprio. As obras dessa unidade, localizada em frente ao hospital no bairro da Bela Vista, começam em novembro, e a expectativa é que sua conclusão ocorra em 24 meses.
Em 2016, o Sírio-Libanês planeja também a construção de um hospital para pacientes de doenças crônicas, orçado em R$ 250 milhões. "Será uma unidade com leitos maiores para acomodar melhor os pacientes crônicos que ficam mais tempo internados, mas não demandam equipamentos médicos muito sofisticados como numa UTI", explicou Chapchap. Esse novo hospital será erguido num terreno de 5 mil m2 na avenida Nove de Julho, também próximo ao hospital principal.
Em Brasília, o atual centro de oncologia está sendo ampliado com investimento de R$ 2,5 milhões e ficará pronto em novembro. Há ainda planos de abertura de um centro de medicina diagnóstico que deve ser inaugurado no segundo semestre de 2016.
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