Norte-americana Gilead Sciences abre filial no Brasil
Biofarmacêutica chega para atender pacientes com doenças potencialmente fatais, como é o caso da hepatite C, HIV e câncer
08/10/2014

A biofarmacêutica norte-americana Gilead Sciences inaugurou nesta terça-feira (07) primeira filial na América do Sul, mais precisamente em São Paulo. O novo escritório reforça a missão da Gilead de atender as necessidades de pacientes com doenças potencialmente fatais no País, como é o caso de hepatites virais, HIV e câncer. 

Um centro de qualidade e distribuição também está previsto para ser inaugurado em julho de 2015, em Brasília. 

Uma das prioridades da farmacêutica é combater à alta incidência da hepatite C no Brasil, através de novos tratamentos. Para isso, parcerias locais já estão no radar da Gilead, como é o caso da Universidade Federal da Bahia, com projeto em andamento para combater hepatites virais na Amazônia. 

Estima-se que cerca de 3 milhões de pessoas no Brasil estão cronicamente infectadas com o vírus da hepatite C (VHC). O medicamento sofosbuvir, da Gilead, que pode reduzir a duração do tratamento para 12 semanas e diminuir ou eliminar a necessidade de injeções de interferon, já foi encaminhado para registro junto à Anvisa. 

Estuda-se também disponibilizar o remédio pelo SUS e vende-lo ao governo por um terço do preço médio de mercado. 

A operação no Brasil será comandada por Norton Oliveira, executivo da área farmacêutica com experiência no Brasil e em outros mercados latino-americanos.

Desde 2003, o laboratório já vende remédios ao Brasil, através da intermediária United Medical, como antifúngicos, medicamentos contra hepatite e AIDS. Alguns já são inclusive distribuídos pelo SUS.
No mundo

A sede da companhia, que fatura US$ 11,2 bilhões por ano, fica em Foster City, na Califórnia, entretanto há operações em 125 países e escritórios em 35 (Américas do Norte e do Sul, Europa e Ásia- Pacífico). 

Um dos principais produtos do laboratório é o Single Tablet Regiment, um medicamento para combate ao vírus HIV, causador da AIDS. Ao invés de tomar cerca de 17 remédios, cada um com seus efeitos colaterais, o paciente ingere apenas um, com todos os princípios ativos e menos efeitos colaterais.
 




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