Previsto para ser inaugurado em agosto, o novo Centro de Ensino e Pesquisa Albert Einstein - Campus Cecília e Abram Szajman é concretização da missão histórica do Einstein de gerar e transmitir conhecimento e uma de suas principais realizações desde sua fundação. O projeto nasce com a vocação para ser referência nacional e internacional nas áreas de ensino e pesquisa ligadas à saúde.
O espaço terá um leque amplo de laboratórios, espaços didáticos e escritórios, o que permite intensificar a contribuição do Einstein para a construção e disseminação de conhecimento, além de ampliar sua colaboração com outras organizações de saúde e centros de pesquisa do Brasil e do mundo, o que permite a descoberta de novos medicamentos e desenvolvimento de tecnologias, equipamentos e abordagens.
O edifício foi concebido como um oásis urbano pelo arquiteto israelo-americano Moshe Safdie, responsável por obras como o Museu do Holocausto em Jerusalém, o Aeroporto de Cingapura e o Instituto da Paz de Washington. Ele traz uma sensação de calma e se contrapõe à agitação urbana, embora se integre à cidade de forma harmoniosa. Localizada em frente à unidade hospitalar do Einstein no Morumbi, com a qual está conecta por uma passarela, a obra é estruturada em torno de um bosque interno e sob uma cobertura transparente, proporcionando um espaço de bem-estar de contato com a natureza.
Com 44.000 m² de área construída, o edifício conta com oito pavimentos, sendo cinco andares dedicados a ensino e pesquisa e três subsolos de estacionamento. O local oferece laboratórios multiplataforma, centros de terapia celular e biologia experimental e sala limpa NB2 de altíssimo padrão, bem como 21 salas de aula (que podem se tornar 40, a partir de divisões móveis), salas de conferência, auditório com capacidade para 400 pessoas e diversos espaços de atendimento aos alunos e professores. Possui ainda áreas dedicadas a inovação e big data analytics, que interagem com as demais e ampliam as fronteiras do conhecimento.
O empreendimento tem ainda a assinatura do escritório Perkins + Will, no planejamento de interiores, e da arquiteta e paisagista Isabel Duprat. A Racional Engenharia foi construtora escolhida para o projeto, gerenciado pela Arcadis.
“O Centro de Ensino e Pesquisa é a realização de um sonho, a concretização da missão histórica do Einstein de ser um grande catalisador de transformações na sociedade, tornando-a cada vez mais saudável, humana e justa, a partir da educação e da ciência”, afirma o Dr. Sidney Klajner, presidente do Einstein. Ao todo, foram investidos R$ 700 milhões de reais.
Além de se tornar um novo cartão-postal na capital paulista, o Centro ainda é modelo em sustentabilidade. O prédio é totalmente automatizado e será certificado com um dos principais selos de construções sustentáveis do mundo, a Certificação Leed Gold.
O projeto contempla instalação de recarga para veículos elétricos, eficiência de consumo de água (por exemplo, redução na vazão de metais e louças), otimização do consumo energético (iluminação natural, luminárias de alta performance, eficiência dos equipamentos), produção de energia renovável (sistema de aquecimento de água por painéis solares), estratégias para melhoria da qualidade do ar interno, divulgação de programa de educação ambiental e reaproveitamento de água de chuva.
O paisagismo inovador reúne diferentes espécies nativas da mata atlântica. A vegetação instalada ficou quase dois anos em um viveiro externo, a fim de que se adaptasse a um ambiente fechado e climatizado.
De acordo com Junia Gontijo, diretora de Patrimônio, Engenharia e Infraestrutura do Einstein, a arquitetura do Centro contribui para criar condições ideais para que estudantes, professores e pesquisadores tenham a melhor relação possível com o ensino e a reflexão. “Além da aquisição de modernos equipamentos, a obra foi concebida com a premissa de flexibilidade, que prevê fácil adaptação a novas tecnologias que venham a ser desenvolvidas, em função do dinamismo do ambiente de educação e pesquisa”, explica.
O Ensino Einstein iniciou suas atividades com a Escola Técnica e a Graduação em Enfermagem, em 1989. A partir de 2011, com o aumento do portfólio de cursos e atividades de ensino, surgiu a necessidade de integrar essas iniciativas e traçar um plano de desenvolvimento capaz de tornar o Ensino Einstein uma referência nacional.
Atualmente, o Ensino Einstein reúne cursos de graduação, pós-graduação, residência médica, cursos técnicos, cursos de atualização presenciais e a distância, treinamentos institucionais avançados em saúde e eventos científicos, como workshops, simpósios, cursos, reuniões científicas e congressos.
Em 2022, o Ensino Einstein vai dobrar a oferta de cursos de graduação, de três para seis. A Faculdade passa a ter Administração de Organizações de Saúde, Engenharia Biomédica e Odontologia, além dos já existentes Medicina, Enfermagem e Fisioterapia.
“O Ensino Einstein forma profissionais para assistência e gestão da saúde com metodologias inovadoras, vivências práticas e soluções pedagógicas de ponta em diferentes níveis de ensino. Nosso objetivo diário é formar lideranças que possam contribuir com a melhoria dos sistemas de saúde”, comenta o Dr. Alexandre Holthausen, diretor-superintendente de Ensino do Einstein.
O Einstein já desenvolve um trabalho reconhecido internacionalmente na área científica, atestado por sua produtividade e colaborações com relevantes centros de pesquisa nacionais e internacionais. A organização é a pioneira na América Latina na instalação de um Escritório de Integridade Científica, que audita de forma independente os projetos de pesquisa para assegurar que sejam conduzidos de forma responsável, eficiente e ética.
Com pesquisas clínicas baseadas nas técnicas mais avançadas e estudos multicêntricos e de grande porte, a Academic Research Organization (ARO) do Einstein articula as diversas etapas e agrega visão, liderança, inteligência, e capacidade executiva.
Hoje, são mais de 700 projetos de pesquisa em andamento, e a inauguração do Centro permitirá aumentar não só a quantidade, mas principalmente a complexidade dos métodos utilizados devido às novas estruturas e tecnologias ali disponíveis.
“Não há nenhum grande centro médico do mundo que também não seja um grande centro de ensino e pesquisa, o novo edifício vem como um marcador do nosso papel nessas duas áreas”, destaca o Dr. Luiz Vicente Rizzo, diretor-superintendente de Pesquisa do Einstein.