O ritmo de envelhecimento da população é acelerado e em 2060, pouco mais da metade deste século, teremos 58 milhões de brasileiros com idade superior a 65 anos. Isso representa 25,5% da população. Em 2019, data do último levantamento do IBGE, esse grupo era de aproximadamente 33 milhões e representava 30% de aumento em relação a 2012.
Esta seria uma boa notícia a se comemorar desde que estivéssemos todos, como sociedade, fazendo nossa lição de casa: cuidando mais preventivamente da saúde e criando novas equações que garantam a sustentabilidade da assistência à saúde, seja ela suplementar ou pública. Porém, ainda vejo não apenas o Brasil, mas várias sociedades ao redor do mundo muito distantes de um cenário animador. E o câncer, até 2030, será a principal causa de morte no mundo.
Junto com a cardiologia e a ortopedia, a oncologia está entre as áreas mais onerosas da medicina e se configura por quadros crônicos de saúde, o que leva o paciente a tratamentos tanto dispendiosos quanto cada vez mais longos, haja vista a evolução desse segmento da ciência que tem prolongado satisfatoriamente a vida daqueles que são diagnosticados com câncer.
Com o aumento da longevidade, é natural que as pessoas fiquem mais doentes e haja um aumento no número de casos de doenças crônicas, como hipertensão, diabetes e o câncer. O câncer em especial tem como principal fator de risco a idade, logo é a doença que mais preocupa quando falamos de envelhecimento da população. Essa doença em breve se torna a principal causa de mortalidade da população, superando as doenças cardiovasculares. Também é uma enfermidade que causa muito medo nas pessoas pela gravidade e pelo estigma dos tratamentos.
Sabemos que mais de 80% da saúde suplementar no Brasil atendem a planos empresariais ou coletivos. E é aí que surge mais um motivo de preocupação quando o assunto é garantir sustentabilidade à cadeia assistencial. Se temos mais pessoas vivendo por mais tempo, teremos exponencialmente maior chance de termos uma sociedade mais vulnerável a doenças crônicas, especialmente o câncer, que conta com muitas variáveis de risco imponderáveis.
Diante deste cenário, a gestão em oncologia se torna cada vez mais imperativa, pois felizmente a evolução dos tratamentos estão conseguindo controlar mais essa doença, mas o valor desse sucesso tem sido elevado e colocado a gestão das carteiras dos planos de saúde um desafio.
Todos os envolvidos têm sido afetados, as operadoras financiando os tratamentos, as empresas contratantes dos planos com reajustes elevados devido ao aumento do sinistro e na ponta da cadeia o usuário que tem tido cada vez mais dificuldade de contratar ou se manter nos planos de saúde devido aos crescentes preços.
Previsibilidade
A Hemomed Oncologia, empresa que atua há 26 anos no setor, com um modelo bem definido de gestão em oncologia, tem conseguido oferecer tratamentos mais modernos, para todos os canceres, em adultos e crianças, com previsibilidade e custos acessíveis mesmo a planos de saúde que atendem as classes C e D.
Isso é possível trazendo eficiência nos processos. Evitando desperdícios na cadeia de cuidado dos pacientes, a empresa oferece aos seus parceiros o que eles chamam de cuidado integral do paciente oncológico. Para isso, conta com oncologistas especializados nos diversos tipos de câncer, além de enfermagem, cirurgiões e radioterapeutas e toda equipe de suporte com nutricionistas, psicólogos e fisioterapeutas. Uma mesma equipe médica acompanha do diagnóstico até o final do tratamento.
Ao longo dos anos, a Hemomed investiu na verticalização de seus processos e em parcerias estratégicas que hoje a torna mais competitiva não apenas para se manter num mercado cada vez mais alvo de grandes investidores, mas para levar modelo de equação inovador às operadoras de saúde.
Exemplo disso é o laboratório de citogenética, onde são realizados exames diagnósticos extremamente importantes e por terem controle dessa fase do processo, trazem eficiência administrativa e agilidade nos resultados, que no tratamento do câncer fazem a diferença tanto para os pacientes no início de seus tratamentos, mas também para operadoras de saúde que podem evitar custos com repetição desnecessária de testes caros.
Outra empresa parceira garante o abastecimento dos quimioterápicos manipulados, utilizando técnicas modernas de manipulação que evitam o desperdício e asseguram a qualidade dos medicamentos dos pacientes.
Esse modelo de gestão faz com que o paciente, tão logo tenha seu diagnostico firmado, inicie prontamente seu tratamento, garantindo assim adesão dos pacientes e resultados de controle de doença elevados. Pensar a medicina do futuro inclui, necessariamente, imaginarmos de que forma ela existirá para um número cada vez maior de pessoas, de forma saudável tanto a quem se beneficia da sua ciência de cura como para quem opera no seu ramo de negócio. A conta terá de ser positiva para todos nós.
*Bruno Santucci é diretor Médico da Hemomed Oncologia e Hematologia.