A Hapvida registrou prejuízo líquido atribuído aos controladores de R$ 181,9 milhões no primeiro trimestre deste ano, revertendo o lucro de R$ 151,8 milhões apurado no mesmo período de 2021.
Os valores consideram os resultados de fevereiro e março do Grupo NotreDame Intermédica, que concluiu a fusão com a operadora no início deste ano.
Com números consolidados, a receita líquida mais que dobrou no comparativo anual, para R$ 4,84 bilhões. Com a incorporação da NotreDame Intermédica, o número total de beneficiários também mais que dobrou na base anual, alcançando 15,2 milhões ao fim do trimestre.
A carteira do segmento saúde teve salto de 133,3%, para 8,7 milhões de usuários, enquanto os planos odontológicos somaram 6,5 milhões de clientes ao fim do período, avanço de 110,3%.
A Hapvida viu o seu tíquete médio do segmento saúde recuar 4,2%, para R$ 196,08 em saúde total diante o reajuste negativo de 8,19% vigente entre maio de 2021 e abril deste ano. O da Intermédica teve leve queda de 0,8%.
Já o tíquete médio odontológico da Hapvida foi de R$ 11,10, queda de 12,7%, enquanto o da empresa adquirida recuou 17,9% no período.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), considerando o resultado das duas empresas no período, recuou 39,1%, para R$ 284,4 milhões. A margem Ebitda caiu 14,2 pontos percentuais (pp), para 5,9%. No critério ajustado, a queda foi de 11,3%, somando R$ 414 milhões entre janeiro e março, com margem ajustada de 8,6%, queda de 11,5 pp.
Após o fim da combinação de negócios com a Intermédica, a Hapvida encerrou o trimestre com 85 hospitais, 77 unidades de pronto-atendimento, 318 clínicas e 269 unidades de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial com atendimento em todas as regiões do país.
Com a incorporação da Intermédica, as despesas da Hapvida mais que dobraram no trimestre, com as de vendas somando R$ 330,6 milhões, avanço de 129% e as administrativas tendo salto de 101,8% para R$ 470,3 milhões.