Empregos na indústria da Saúde crescem no 1° semestre
Exportações avançaram e importações recuaram. Para ABIIS, crescimento de 3,74% (ou 3,2 mil novos empregos) acontece em momento atribulado
18/09/2014
Dados da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS) revelaram que o primeiro semestre de 2014 registrou crescimento de 3,74% no volume de empregos no setor, se comparado ao mesmo período de 2013. A entidade reúne associações como a Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL), a Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares (Abimed) e a Associação Brasileira dos Importadores e Distribuidores de Implantes (Abraidi).

Foram gerados 3.231 novos empregos nas atividades industriais e comerciais do segmento de materiais e equipamentos para medicina e diagnóstico, totalizando 131.941 empregados. Entre as áreas responsáveis pelo maior número de empregos gerados destacam-se a de comércio atacadista de instrumentos e materiais para uso médico, cirúrgico, ortopédico e odontológico. 

Também foi positivo o crescimento de empregos computado entre julho de 2013 a julho de 2014, atingindo o patamar de 5,29%, em comparação com igual período mensurado.

No que diz respeito às exportações totais de materiais e equipamentos para medicina e diagnóstico, o crescimento foi de 8,04% em relação ao primeiro semestre de 2013, alcançando um volume de US$ 472,4 milhões. No mesmo período, as importações tiveram um recuo de 1,35%, totalizando o valor de US$ 3,4 bilhões. 

Preços
Neste primeiro semestre, os preços de hospitalização e cirurgia tiveram um incremento de 4,45%, reajuste superior ao IPCA, que alcançou a marca de 3,75%, em relação à mesma época anterior. Se comparados os números de 12 meses, também são esses dois serviços – hospitalização e cirurgia - que tiveram o maior reajuste, de 7,84%.

Na avaliação do presidente da ABIIS, Carlos Eduardo Gouvêa, os resultados indicam que o setor continua crescendo. Diferente dos últimos anos, no entanto, o resultado pode ser atribuído à especificidade do ano de 2014, com Copa do Mundo e eleições, que afetaram o ambiente de negócios internos. 

Assim, procedimentos que demandavam um planejamento, como as cirurgias eletivas, por exemplo, foram deixados para depois, segundo Gouvêa, que aposta no potencial dos produtos brasileiros para saúde quanto às exportações. O executivo aposta em um ambiente “ainda mais desafiador” no segundo semestre, devido ao processo eleitoral, que coíbe as compras públicas – mas que também colocam a pauta Saúde no centro dos holofotes.




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