Depois da reeleição do advogado Kalil Rocha Abdalla como provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo em abril deste ano, esperava-se que o superintendente Antonio Carlos Forte – há 22 anos na entidade – permanecesse para o 3° mandato de Abdalla. Entretanto, nesta segunda-feira (16/09) a instituição revelou, sem maiores detalhes, o desligamento de Forte e também do tesoureiro Hercílio Ramos. Até o momento, o Saúde Business 365 não conseguiu contato com os executivos para esclarecimento dos fatos.
A saída acontece pouco mais de um mês da Santa Casa ter
fechado o Pronto Socorro por 30 horas, causando grande repercussão no mercado, e menos de uma semana após o jornal
Folha de S. Paulo revelar que ambos prestaram consultoria, por meio da empresa em sociedade Apocatú, para a Andrade Gutierrez – grupo dono da Logimed, maior fornecedor de materiais para a instituição.
Em reportagem, Forte e Ramos confirmaram os serviços prestados, mas alegaram não haver nenhum impedimento legal para o exercício de outras atividades profissionais. De acordo com a assessoria de imprensa da Santa Casa, os substitutos ainda não foram definidos.
A dívida atual da Santa Casa, hoje, está perto de R$ 400 milhões e, como tentativa de resolver os problemas financeiros, a entidade está sendo alvo de uma auditoria contratada pela Secretaria de Estado da Saúde.