O mercado de planos de saúde encerrou o ano passado com um prejuízo operacional de R$ 919,7 milhões, o que representa um recuo relevante em relação ao desempenho de 2020, quando o setor apurou um resultado positivo de R$ 18,7 bilhões, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Considerando a última linha do balanço, o mercado teve um lucro líquido de R$ 2,6 bilhões contra R$ 17,5 bilhões registrados em 2020.
As operadoras de planos de saúde viram suas despesas médicas aumentarem em 2021 devido à segunda onda da covid-19 e à retomada de procedimentos médicos não realizados durante o primeiro ano de pandemia. Essa linha registrou alta de 24,3% na comparação entre 2020 e 2021.
A receita do setor subiu 10% para R$ 239,4 bilhões.
As operadoras de planos de saúde, aquelas que podem ter rede própria, foram as que registraram as maiores perdas. Esse segmento teve perdas de R$ 863 milhões em 2021. Em 2020, o ganho foi de quase R$ 6,5 bilhões. Na sequência, vieram as seguradoras de saúde, com prejuízo de R$ 1 bilhão contra um lucro operacional de R$ 1,7 bilhão em 2020. Nas cooperativas médicas, o lucro operacional despencou de R$ 6,6 bilhões para R$ 760 milhões. As operadoras de autogestão fecharam com lucro de R$ 322 milhões contra R$ 3,6 bilhões de 2020.
Já o mercado dental viu seu resultado operacional cair 15% para R$ 658,5 milhões. O resultado líquido cedeu 6,8% para R$ 456 milhões. A receita das operadoras de plano odontológico subiu 2,7% para R$ 3,7 bilhões no ano passado.