Você já deve ter escutado a célebre frase de que nenhum homem é uma ilha, já que depende dos outros para sua sobrevivência. Mas muitas organizações têm desafiado essa filosofia à medida que seus departamentos permanecem apartados, sem que haja uma integração capaz de amparar a troca de informações relevantes entre áreas. Esses locais são, portanto, ilhas - ou bolsões - no meio de um vasto oceano de dados produzidos diariamente.
Instituições de Saúde costumam ser bons exemplos de como essa separação excessiva pode atrapalhar a gestão de informação e impactar diretamente na qualidade dos serviços prestados, como deixa claro Fábio Moreira, gerente de Serviços em Medicina Diagnóstica na MV. “A maneira como o gerenciamento de imagens médicas é feito atualmente, com cada área da instituição cuidando apenas da sua parte, tem alguns problemas estruturais que precisam ser revisitados urgentemente para que, no futuro, os dados possam ser melhor aproveitados por todos.” Só assim será possível alcançar a tão sonhada interoperabilidade na Saúde.
Interoperabilidade é a capacidade de diversos sistemas e instituições trabalharem em conjunto, apesar de suas particularidades, garantindo que interajam para
trocar informações de maneira eficaz e eficiente
Pare e reflita por um instante no volume de exames diagnósticos de imagem que são realizados diariamente em um centro diagnóstico médico ou em um hospital. São dezenas, centenas ou até milhares de radiografias, ressonâncias magnéticas e tomografias, além de uma série de outros serviços de apoio ao diagnóstico que também produzem imagens, como densitometria óssea, eletrocardiograma, eletroencefalograma, endoscopia, colonoscopia, ultrassonografia, oftalmologia e função pulmonar, apenas para listar alguns.
E hoje toda essa informação permanece represada em uma grande variedade de sistemas, que usam tecnologias não integradas e das quais o médico dependerá do compartilhamento de exames feito pelo paciente para ter acesso à informação que precisa para a construção do diagnóstico.
Só que isso está prestes a mudar com a chegada da Enterprise Imaging.
Enterprise Imaging é uma plataforma que reúne e administra todos os dados produzidos pela organização de Saúde em uma única solução de sistema para diagnóstico.
Assim, todas as imagens médica passam a ser um bem da instituição
“O objetivo maior é reunir e gerenciar os dados criados por unidades distintas - como a radiologia, a cardiologia, a ultrassonografia e assim por diante - em uma única solução de sistema para facilitar o acesso a exames e, por fim, a investigação diagnóstica como um todo”, explica Moreira.
Tal conceito, aliás, não é algo inédito nem novo. O tema tem sido discutido em e publicações científicas feitas pela HIMSS-SIIM há mais de cinco anos [se ficou curioso, dá só uma olhada aqui], mas só agora a possibilidade de interoperabilidade entre os sistemas que armazenam os dados dos pacientes se aproxima da realidade para que a assistência como um todo possa ser melhorada.
Veja algumas vantagens diretas que o novo modelo trará:
Claro que toda essa importante mudança de gestão da informação requer planejamento e integração entre diferentes áreas e, portanto, não é algo rápido nem simples de ser realizado. “O Enterprise Imaging é uma jornada longa e com vários desafios, pois reúne diversas tecnologias diferentes que envolvem uma grande transformação dentro da instituição. Justamente por isso o momento de pensar em adotar esse novo modelo é agora, quando ainda há tempo hábil para planejar toda essa mudança”, recomenda Moreira.