Essa nova área, batizada de Afya Digital Health, presta serviços como oferta de plataformas de telemedicina, gestão financeira de consultórios, soluções como prescrição digital de medicamentos. Dentro desse braço também estão sendo atendidos hospitais e a indústria farmacêutica.
“Já temos contratos com 23 indústrias farmacêuticas. Oferecemos capacitação ao médico sobre o novo medicamento, acesso da indústria aos médicos, novas formas de distribuição das amostras, entre outros serviços”, disse Lélio Souza, vice presidente de serviços digitais da Afya, que realizou nesta manhã evento para analistas e investidores.
Esse mercado movimenta cerca de R$ 28 bilhões — cifra superior ao negócio de graduação de medicina, que fatura por volta de R$ 24 bilhões. “Dobramos nosso mercado endereçável. Criamos uma Afya dentro da Afya”, disse Virgílio Gibbon, presidente da companhia.
Gibbon lembra que a companhia registrou em 2020 uma receita de R$ 1,2 bilhão — montante esperado para o novo negócio de serviços digitais em 2028.
Segundo Luis André Blanco, diretor financeiro da Afya, a projeção é que a companhia tenha 5% da “participação de mercado” de serviços médicos digitais em 2028.
Essas projeções podem subir caso a Afya passe a oferecer também serviços a outras categorias de saúde como dentistas. Mas esse projeto ainda não é vislumbrado no curto prazo.
Vagas em medicina
A Afya vai manter sua estratégia de adquirir 200 vagas de medicina, por ano, a começar por 2022. “Já temos mapeados 4,5 mil vagas”, disse Virgílio Gibbon, presidente da Afya.
A companhia pretende chegar em 2028 com cerca de 30 mil alunos matriculados em cursos de medicina, considerando o crescimento orgânico e aquisições. Atualmente, a Afya conta com 16 mil estudantes nessa graduação.
Segundo Gibbon, as faculdades de medicina do grupo aplicaram reajuste de 7,5% em mensalidades de veteranos e a expectativa é que para novos alunos o reajuste fique próximo da inflação.