Ontem à noite, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou o último fator que compõe a fórmula de reajuste, possibilitando à indústria chegar ao índice de 10,89% — que será confirmado após publicação no Diário Oficial da União (DOU).
Em 2022, o reajuste será linear, ou seja, valerá para os diferentes segmentos de mercado conforme o nível de concentração. O aumento é válido para cerca de 13 mil apresentações de medicamentos sujeitos a prescrição médica, comercializados nas farmácias brasileiras.
Em nota, o Sindusfarma lembra que a aplicação do aumento não é imediata e automática, em razão da concorrência no setor. “É importante o consumidor pesquisar nas farmácias e drogarias as melhores ofertas”, diz o presidente-executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini. “Dependendo da reposição de estoques e das estratégias comerciais dos estabelecimentos, aumentos de preço podem demorar meses ou nem acontecer”, acrescenta.
Conforme a indústria, no acumulado de 2021 e 2020, os medicamentos ficaram mais caros em média 3,75%, enquanto a inflação geral no Brasil saltou para 15,03%, uma diferença de 11 pontos percentuais. A alta nos remédios foi menor do que a registrada em alimentos e transportes, compara o sindicato.
“Os medicamentos têm um dos mais previsíveis e estáveis comportamentos de preço da economia brasileira”, afirma Mussolini.
Em 2021, segue o Sindusfarma, os medicamentos subiram 6,17% ante inflação geral de 10,06% medida pelo IPCA, em um momento de forte pressão de custos das matérias-primas, do câmbio e da logística.