O resultado do quarto trimestre da Hapvida (HAPV3) frustrou as expectativas de analistas. O Ebitda (lucro antes de juros impostos depreciação e amortização) ficou em 388,4 milhões de reais no período, 12,7% abaixo do consenso de mercado da Bloomberg. O resultado foi afetado pela queda de margem Ebitda, que caiu 4,1 ponto percentual na comparação anual para 14,9%. A receita líquida cresceu 14,3% para 2,599 bilhões de reais.
"O crescimento tem se dado muito por meio de aquisições, o que gera uma receita mais forte. Mas como essas empresas vêm com uma margem Ebitda menor, a margem consolidada da Hapvida acaba sendo afetada", disse Marcel Zambello, analista do BTG Pactual no programa Abertura de Mercado desta quinta-feira, 24. A normalização das margens, segundo Zambello, pode demorar de 12 a 18 meses.
Apesar do resultado pior que o esperado, o BTG manteve sua recomendação de compra para as ações, devido à eficiência do modelo verticalizado da Hapvida e às sinergia com a NotreDame. "A venda de planos de saúde corporativos nacionalmente deve gerar um número bem maior de beneficiários nos próximos trimestres." O preço-alvo do banco para as ações da Hapvida, de 15,50 reais, representa um potencial de alta de cerca de 30% em relação à cotação do último fechamento.