A Sami, operadora de saúde de São Paulo, e a BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, acabam de implementar a integração de sistemas usando padrões internacionais específicos, para troca de dados de saúde. O modelo permite o intercâmbio do histórico médico do paciente em tempo real, mediante autorização dele, com segurança de dados respaldada pelo barramento exclusivo para esse tipo de tráfego, o norte-americano HL7 FHIR (Fast Healthcare Interoperability Resources), que mantém terminologias clínicas e garante a conformidade, sigilo, integridade das informações, além de prevenir fraudes e vazamentos.
De acordo com o médico Vitor Asseituno, presidente da Sami, essa troca de dados e o fácil acesso de ambas as instituições é tendência no setor – praticada em outros países como Estados Unidos -, e vai permitir o avanço da inteligência na área da saúde ao viabilizar análises estratégicas de protocolos e acompanhamento de quadros clínicos, bem como a descoberta de novos tratamentos.
“Sabe quando você vai a um médico pela primeira vez, leva alguns exames antigos, e precisa contar toda a sua história, mas acaba deixando passar alguma data importante, remédios que toma, ou procedimentos e exames que já fez – e acaba tendo que fazer tudo de novo? A interoperabilidade vai evitar esse tipo de situação, evitar que qualquer informação se perca entre uma consulta e outra, facilitar a conclusão do diagnóstico, e otimizar o tempo de atendimento dedicado aos pacientes. Daqui pra frente, os membros Sami terão essa vantagem por fazerem parte de um plano de saúde digital”, afirma Asseituno.
O que muda
Ao buscar atendimento, os pacientes Sami e BP serão informados sobre a possibilidade da interoperabilidade, e o intercâmbio de informações só é realizado mediante autorização formalizada por meio de um termo de consentimento. Após assinatura do termo, todos os procedimentos realizados com o cliente são registrados na base de dados e os profissionais envolvidos no tratamento têm acesso a estas informações de forma imediata. Os dados de cada consulta/procedimento são armazenados na nuvem, tanto pela Sami quanto pela BP, para orientar atendimentos futuros, tudo em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
De acordo com Lilian Quintal Hoffmann, diretora executiva de Tecnologia e Inovação da BP, a interoperabilidade no mercado de saúde é um caminho sem volta e é uma forma das organizações trabalharem de uma maneira cada vez mais integrada, sempre em prol do bem estar das pessoas. “Valorizar a vida é o propósito da BP e, por isso, queremos garantir a cada um que confia sua vida a nós uma experiência única e cada vez mais aprimorada. A interoperabilidade permitirá a concentração de informações em ambas as instituições, BP e Sami, e isso fará com que o cliente sinta os efeitos disso na prática, recebendo diagnósticos e tratamentos mais abrangentes. Nos preocupamos também com o aspecto da segurança e implementamos nesta parceria com a Sami as melhores práticas, baseadas em padrões elevados de interface de sistemas. E, claro, estamos seguindo todos os princípios de segurança preconizados na LGPD”, explica a executiva.
Já a diretora executiva de Desenvolvimento de Negócios e Expansão da BP, Patrícia Holland, explica que a parceria com a Sami chancela que a instituição é um dos principais hubs de saúde do país e que está sempre de olho nas melhores práticas do mercado, visto que a interoperabilidade está expandindo cada vez mais. “A BP é uma instituição que está na vanguarda das principais tendências nacionais e internacionais de saúde e inovação do país. Por isso, sempre buscamos parcerias com instituições que estejam alinhadas com o nosso propósito, com nossos parâmetros de qualidade e que cumpram o propósito de atender bem com excelência os nossos clientes, como é o caso da Sami”, conclui.