Passados dois anos do surgimento da Covid-19, ainda lutamos contra a doença. Mesmo com o desenvolvimento de vacinas, ainda estamos trabalhando para imunizar toda a população e tentar voltar a ter uma vida o mais próxima do normal.
Especificamente na saúde, em dois anos de pandemia, houve uma revolução. O surto do coronavírus demonstrou para as instituições de saúde a indispensabilidade de se ter uma medicina mais estratégica, com atuação alinhada e moldada para a prestação de serviços à distância.
Ao mesmo tempo, não se pode deixar de considerar o esforço gigantesco de toda a ciência no intuito de encontrar soluções que amenizem a difícil realidade trazida pela pandemia.
Como consequência, aparelhos foram aprimorados, novos procedimentos foram criados, normas foram desenvolvidas e uma série de inovações tem surgido a cada dia. Outro importante legado foi a regulamentação da telemedicina no Brasil. Além disso, a oferta de exames remotos cresceu no mundo, por meio de produtos oferecidos por startups.
Os gestores de saúde estão conscientes dessas novidades e têm trazido as inovações para suas empresas, sejam elas hospitais, clínicas ou planos de saúde.
O paciente também vem se tornando cada vez mais conhecedor de sua própria saúde com as facilidades de informação trazidas pela internet, assim como os compartilhamentos pelas redes sociais.
Mesmo antes do advento da pandemia, o setor da saúde já vem, há alguns anos, inserindo a tecnologia de ponta em seus processos. Soluções cada vez mais avançadas passaram a fazer parte do cotidiano de médicos e demais profissionais de saúde. Mas, para além da introdução das novas tecnologias, outro caminho está sendo percorrido: o da ampla conectividade, definido como “Saúde 5.0”.
Intensas transformações já vinham ocorrendo com a denominada “Saúde 4.0“, que possibilitou diagnósticos mais ágeis e precisos, cirurgias menos invasivas com equipe médica sendo auxiliada por tecnologias especiais, como robôs, além de inovações que afetam diretamente o paciente, como o agendamento de consultas on-line por meio de plataformas providas de inteligência artificial e a própria teleconsulta.
No entanto, com a Saúde 5.0, toda a implementação dessa tecnologia avança para um novo patamar, não apenas focado em processos isolados mais eficientes, mas promovendo uma verdadeira integração que considera o novo perfil de paciente, mais exigente, questionador e independente, que usa recursos digitais para o seu atendimento.
Enquanto a Saúde 4.0 considerava uma visão de sistemas integrados para a melhoria de processos, o conceito de Saúde 5.0 traz a visão de sistemas integralmente conectados e que assumem o protagonismo do paciente.
Portanto, a Saúde 5.0 é uma evolução do conceito de Saúde 4.0, com tecnologias sendo desenvolvidas especificamente para o setor e pensadas para uma melhor experiência do paciente.
Com um tratamento mais eficaz, um dos maiores benefícios da Saúde 5.0 é a assertividade em todas as etapas de promoção da saúde, proporcionando agilidade, qualidade e segurança de dados.
A proposta da Saúde 5.0 é, principalmente, oferecer às instituições médicas um sistema inteligente e seguro, proporcionando ao médico o acesso a todos os dados referentes ao paciente em atendimento.
Esperemos agora os avanços para os próximos anos.
*José Rubens Almeida é graduado em ciências da computação e diretor da AGM Automação.