Startups e hospitais do SUS desenvolvem soluções inovadoras
10/03/2022

A pandemia da Covid-19 ampliou a necessidade de investimentos em tecnologias inovadoras, principalmente na área da saúde. Com isso, diversas soluções passaram a ser desenvolvidas, inclusive no sistema público de saúde e em hospitais filantrópicos, por meio de programas de inovação em parcerias com startups.

Segundo dados do HealthTech Report 2020, relatório realizado pela consultoria Distrito, o número de startups de saúde cresceu 118% no País em dois anos, passando de 248 para 542 entre os anos de 2018 e 2020.

 

A ideia é a aposta em um trabalho colaborativo, onde os hospitais cedem espaço, materiais e dados para desenvolvimento de produtos, além de ambiente para testagem, e as startups mapeiam problemas e criam soluções inovadoras para os hospitais.

O movimento de parcerias com healthtechs vem de antes da pandemia e já tem gerado resultados. Como no caso da Fundação Hospitalar São Francisco de Assis, entidade filantrópica de Belo Horizonte, que criou, em 2019, o Inova, seu programa de inovação. O projeto já conta com algumas startups que oferecem soluções utilizando inteligência artificial, realidade virtual para treinamentos e cursos, equipamento para validação do funcionamento adequado de ventiladores pulmonares, um acessório para macas, já em uso, e um projeto de telemedicina.

Para o superintendente geral da Fundação Hospitalar São Francisco de Assis, Helder Yankous, a criação do Inova foi uma maneira de conseguir trazer novas tecnologias e novos processos pra um hospital que tem dificuldade no seu fluxo de caixa. “A tecnologia é muito importante dentro das novas técnicas terapêuticas, para o bem-estar dos pacientes e a recuperação de sua saúde, e é mais que justo que cheguem também aos pacientes dos sistemas públicos, principalmente nos hospitais filantrópicos que sofrem com um financiamento inadequado. Essa é a real contribuição da tecnologia”, destaca o gestor.

Yankous comenta ainda sobre a importância do fator humano ao explicar que o hospital não entra com recursos financeiros. “Nossa participação é em uma parceria na qual entregamos problemas, sonhos e o campo para que desenvolvam esses trabalhos. A criação do Inova impactou diretamente na cultura do hospital, o movimento que foi feito dentro da instituição foi um dos maiores resultados: fez com que as pessoas, inclusive do corpo clínico, pensassem mais seus processos e necessidades”, completa.

 

O plano é seguir ampliando as parcerias com empresas privadas da área da tecnologia. “Vamos buscar aumentar nossa capacidade de relacionamento com as startups e atrair fundos de investimento que possam auxiliar e ampliar nossa atuação dentro do mercado criando um centro de atuação SUS 4.0”, conclui.





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