O ritmo de adições líquidas de beneficiários de planos de saúde desacelerou em janeiro, diz o BTG Pactual, após crescer desde junho de 2020. Ainda assim, os destaques foram a SulAmérica e Central Nacional Unimed (CNU).
Os dados mensais foram divulgados esta semana pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), no qual apontaram um acréscimo de 12,5 mil beneficiários nos planos médico-hospitalares, na comparação com dezembro.
Ao fim de janeiro, os planos de assistência médica somavam pouco mais de 48,9 milhões de usuários e os odontológicos tinham 29,2 milhões de cadastrados, após adicionarem 52 mil beneficiários no primeiro mês de 2022.
“CNU e SulAmérica foram os destaques nas adições, seguidas por Athena Saúde, Bradesco e Porto Seguro, enquanto a Hapvida/NotreDame Intermédica ficou para trás. Apesar dos números fracos da Hapvida, lembramos que há uma margem histórica de erro nos dados da ANS”, ponderam os analistas Pedro Lima, Samuel Alves e Yan Cesquim.
A Odontoprev, no segmento odontológico, mostrou redução nas adições, destacam os analistas.
Eles avaliam que, embora os números da agência de saúde não tenham sido positivos para players integrados verticalmente, eles continuam confiantes de que os ganhos de escala, principalmente após a fusão entre a Hapvida e a Intermédica, e eficiência do modelo de negócios verticalmente integrado irá prevalecer ao longo deste ano.
“Com essa fusão oficialmente concluída, recentemente, a Hapvida orientou para um forte crescimento orgânico. Acreditamos que sua estratégia comercial conjunta começará a apresentar resultados a partir deste mês”, dizem.
A equipe do BTG reforça que, por trás do forte potencial de crescimento do setor, junto aos principais impulsionadores de consolidação, prefere as ações de Hapvida, Rede D’Or e SulAmérica, sendo esta mais barata que os papéis da rede hospitalar.
O BTG Pactual tem recomendação de compra para a Hapvida, SulAmérica e Rede D’Or, enquanto para a Odontoprev é neutra.