A tecnologia do QR Code já é utilizada em diversas áreas, desde a entrada de um show até para fazer um pagamento. Sua praticidade fez com que os mais variados segmentos a adotassem, e não seria diferente na área da saúde. Uma das formas que essa tecnologia é aplicada neste segmento é nos resultados de exames médicos. Além de ser uma alternativa rápida, é um meio que garante a segurança do resultado, visto que o risco de fraude diminui consideravelmente.
“O QR Code nos laudos de exames médicos permite que a veracidade das informações possam ser facilmente verificadas. Ao fazer a leitura do QR Code, ocorre a abertura de uma página web onde uma cópia do laudo é apresentada. Assim, é possível confrontar as informações entre o laudo apresentado pelo paciente e o laudo do sistema”, explica Rodrigo Faitta Chitolina, supervisor de laboratório e responsável técnico do ID8 - Inovação em Diagnóstico.
O QR Code, que significa Quick Response Code, existe desde os anos 1970 e consiste em um gráfico 2D que pode ser lido por câmeras da maioria dos celulares do mundo. Nos últimos meses, alguns países tornaram obrigatório, tanto na entrada como na saída de viagens internacionais, a apresentação do exame molecular de antígeno RT-PCR negativo, 72 horas antes do embarque. Por este motivo, o uso de QR Code nos resultados dos exames começou a ser requisitado, para evitar fraudes e/ou adulterações no laudo médico.
O Egito, por exemplo, foi um dos primeiros países a tornar obrigatória esta exigência, que pede, além do QR Code, o exame PCR impresso e com carimbo do laboratório, até 96 horas antes do embarque. A comprovação por meios eletrônicos identifica a clínica ou o laboratório no qual o teste foi realizado, além de data, horário e local.
Laboratórios de análises clínicas ao redor do mundo já passaram a aderir o uso do QR Code nos resultados de exames médicos, como é o caso do ID8, que já chegou a emitir mais de 100 mil laudos de RT-PCR em um único mês. “Todos os exames do ID8 são parametrizados para liberação com QR Code de verificação e validação”, destaca Chitolina.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, países como Alemanha, Bolívia, Canadá, Catar, Equador, Peru, Paraguai, Índia, Itália, Suíça, Turquia, entre outros, exigem o RT-PCR com resultado negativo emitido até 72 horas antes do embarque. Comprar ou vender um teste falsificado é crime, podendo resultar em fraude e prisão. No Brasil, diversos casos desse tipo de fraude já foram noticiados, inclusive em atestados médicos trabalhistas, sendo que o QR Code também pode evitar este tipo de fraude no ambiente corporativo.
Outro documento que pode ser obrigatório para a entrada em alguns países é o comprovante de vacinação. Para os brasileiros, a carteira é disponibilizada no aplicativo ConecteSus. O certificado digital de vacinação também está disponível e conta com a tecnologia do QR Code, garantindo segurança e sua autenticidade.
Com a pandemia de Covid-19, é imprescindível rapidez e agilidade nos resultados de exames. No ID8, por exemplo, os laudos são disponibilizados em até seis horas. “Um resultado assertivo e liberado em poucas horas garante uma detecção precisa e rápida dos patógenos mesmo em situações de sintomatologia não definida, orienta o tratamento assertivo na conduta médica e ainda permite reduzir gastos hospitalares, morbidade e mortalidade”.
Com a resposta dos exames no menor tempo possível, o tratamento correto é iniciado antes, evitando a ocupação de leitos em hospitais e o uso de medicamentos mais fortes, como antibióticos. “Entendemos que o diferencial do diagnóstico reside, além da precisão e acurácia, em uma liberação rápida dos resultados”, finaliza Chitolina, do ID8.