O primeiro lote das vacinas totalmente produzidas na fundação foi liberado pelo controle de qualidade interno de Bio-Manguinhos/Fiocruz no dia 14 de fevereiro, e as primeiras doses foram aplicadas em cerimônia nesta terça com a presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
Até então, a Fiocruz vinha envasando vacinas com IFA importado, enquanto recebia a transferência de tecnologia acertada com a AstraZeneca e a Universidade de Oxford, que desenvolveram a vacina.
Segundo comunicado da Fiocruz, pouco mais de 550 mil doses foram entregues e já compõem as entregas da Fiocruz contratadas pelo Ministério da Saúde para este ano.
Segundo a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, a liberação das doses 100% nacionais é um "marco da autossuficiência brasileira e do fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde".
"Termos realizado uma transferência tecnológica desse porte em tão pouco tempo para atender a uma emergência sanitária só reafirma o papel estratégico de instituições públicas como a Fiocruz para o desenvolvimento do país e garantia de acesso com equidade a um bem público”, destacou.
O Brasil atingiu na segunda-feira a marca de 380 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 aplicadas na população, o que representa uma cobertura vacinal acima de 93% dos brasileiros acima de 12 anos com a primeira dose e de 87% deste mesmo público com a segunda dose ou dose única. Até o momento, 50,6 milhões receberam o reforço na imunização.