Pesquisa da AsQ, empresa especializada em gestão de saúde, apontou um aumento de até 320% no número de atendimentos por telemedicina realizados pela empresa em janeiro deste ano em relação a novembro do ano passado. O período corresponde ao surgimento e disseminação da variante Ômicron do coronavírus no Brasil.
Em novembro, os profissionais da AsQ realizaram 2.723 atendimentos de forma remota. Em dezembro foram 4.516 e em janeiro, 11.466. Desses, 91% foram consultas referentes a casos confirmados ou suspeitos de Covid.
A transmissibilidade elevada da nova variante impacta os dados mesmo na comparação com o mês de janeiro de 2021, quando chegaram as primeiras doses de vacina ao País. Em relação àquele mês, a variação foi de 73%.
O atendimento remoto se consolidou durante a pandemia. “A consulta por telemedicina garante ao paciente mais velocidade no contato com o profissional de saúde, que faz a primeira avaliação e o melhor encaminhamento de cada caso”, diz Daniela Parizotto, Gerente de Atenção Integral à Saúde da AsQ, que faz a gestão de serviços de telemedicina para operadoras de planos de saúde, empresas e autogestões.
Segundo pesquisa da Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital (Saúde Digital Brasil), que representa os principais operadores de telemedicina do Brasil, entre 2020 e 2021 foram mais de 7,5 milhões de atendimentos no Brasil. O índice de resolutividade dos atendimentos foi de 91%.
O crescimento da demanda impulsiona também outros negócios. A própria AsQ, que lançou plataforma educacional especializada em cursos para a área de saúde, oferece aulas específicas para médicos e profissionais se prepararem para realizar o teleatendimento da melhor forma.