Primeiro Gripário do país bate recorde com 6 mil atendimentos em janeiro
10/02/2022

O Gripário do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), primeiro do país na pandemia desde 18 de março de 2020, realizou 6 mil atendimentos no mês de janeiro de 2022. O número recorde ultrapassa o pico da pandemia de Covid-19, em março de 2021, que foi de 4,9 mil avaliações médicas, com aumento de 22,3% em comparação ao primeiro mês deste ano. De acordo com os médicos do Gripário do HSPE, em 2022, de cada 100 atendidos, três foram internados na UTI. Antes da vacinação em 2020, de cada 100 pacientes, 10 eram encaminhados para a UTI com Covid-19 grave. A indicação para cuidados intensivos está relacionada à descompensação de doenças de base, como: diabetes, hipertensão e insuficiências cardíaca, pulmonar e renal.

 

Apesar do atual aumento no número de atendimentos no Gripário, os pacientes que procuraram a Unidade apresentam sintomas respiratórios leves como dor de garganta e de cabeça, coriza e febre, em alguns casos. Nesse cenário, mais de 80% dos diagnósticos foram causados pela infecção do novo coronavírus, crescimento possivelmente relacionado à variante Ômicron. Os demais atendidos tiveram diagnóstico de influenza, que apresentou queda de contágio na última quinzena de janeiro de 2022. De acordo com especialistas, essa é uma característica comum dos surtos de gripe fora de época.

Para a infectologista do HSPE Andrea Almeida, o momento atual da pandemia acende um alerta às pessoas que ainda precisam se vacinar, para evitar a circulação de novas variantes, quadros graves da doença e mortes. “A maioria dos pacientes que estão internados atualmente na UTI do HSPE apresentam quadros críticos de saúde, pois deixaram de tomar o imunizante contra o novo coronavírus ou receberam parte dele. Também temos conosco pacientes imunossuprimidos, muitos idosos ou com comorbidades severas que contraíram Covid-19”, explica a médica.

“As orientações para o uso de máscara cirúrgica ainda permanecem, assim como a constante higienização das mãos e o distanciamento social”, enfatiza Andrea Almeida.





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