O avanço nas campanhas de vacinação contra a Covid-19 diminuiu os impactos negativos em vários setores, mas a pandemia continua sendo utilizada por cibercriminosos em ataques, especialmente quando se trata de phishing, que consiste em tentar enganar as vítimas com mensagens ou comunicações falsas principalmente criadas para o recipiente entregar informações pessoais.
Esta é uma das conclusões apresentadas no Relatório Anual da Apura Cyber Intelligence, empresa com mais de dez anos de atuação no mercado de segurança cibernética e apuração dos meios digitais. O relatório é baseado na análise anual feita a partir da ferramenta de monitoramento da empresa chamada de BTTng, que em 2021 atingiu a marca de mais de 1 bilhão de eventos indexados, como postagens em fóruns, mensagens trocadas via rede social, imagens compartilhadas e domínios registrados.
O relatório aponta que a saúde foi a terceira área mais atacada por ransomware no Brasil, em 2021, com 13% dos casos, ficando atrás do Governo e da Indústria, ambos com 17,4% dos ataques. Apesar da área da saúde continuar como alvo prioritário de ataques, houve diminuição em comparação com 2020, quando muitos criminosos utilizaram a pandemia para aplicar golpes, como os focados no auxílio financeiro emergencial distribuído pelo Governo, por exemplo. Em 2021, os ataques do tipo utilizaram informações falsas sobre a vacinação como isca, principalmente.
“Os cibercriminosos não têm escrúpulos e atacam qualquer área que se mostre vulnerável, mesmo que isso impacte negativamente a vida de milhões de pessoas”, diz Sandro Süffert, CEO da Apura.