A United já tem sondado potenciais interessados de forma ainda superficial, asseguram executivos do alto escalão de companhias de saúde. Dasa e Rede D’Or são apontados como os interessados mais imediatos nos ativos, mas fundos de investimentos e seguradoras também podem entrar na disputa.
“A temperatura hoje é bem mais fria do que parece”, afirma uma fonte. A United quer concluir a venda carteira de planos individuais para a Fiordi Capital, o que seria um obstáculo a menos para achar um interessado.
Um desafio para a transação será chegar a um preço satisfatório para os americanos, adiantam as fontes. Isso porque a United pagou caro pela Amil há dez anos, quando fez a transação de R$ 9,8 bilhões, diante dos fracos resultados que obteve nos anos seguintes.
Segundo um banqueiro de investimento, numa conta por leito, a companhia seria avaliada em torno de R$ 12 bilhões, mas devido ao resultado a faixa de negociação deve despencar para algo em torno de R$ 6 bilhões a R$ 8 bilhões.
Uma das abordagens iniciais da United foi naturalmente com a família Bueno, que era dona original da Amil e hoje controla a Dasa. A família Moll, controladora da Rede D'Or, também está no radar - a companhia é uma máquina de aquisições e pode ter um desafio para aprovação regulatória se seguir adiante na disputa.
SulAmérica e Bradesco Seguros também são potenciais interessados no ativo e ao menos dois fundos já contataram bancos demonstrando interesse em participar de um processo formal, quando acontecer, apurou o Valor. Intermédica e Hapvida devem ficar de fora das conversas, uma vez que acabaram de ter a fusão aprovada.
A Amil tem 5,6 milhões de beneficiários, sendo 3,4 milhões de planos médicos e 2,2 milhões de planos dental de 396 mil empresas clientes. A rede própria tem 15 hospitais no Rio e em São Paulo. A intenção de venda foi divulgada pelo jornal “O Globo” em dezembro. O “Estadão” informou ontem que a United trabalha com o BTG.