— No mês de janeiro serão distribuídos 28 milhões de testes, sendo que 13 milhões até o dia 15. Em fevereiro já temos assegurados 7,8 milhões de testes. É necessário que os estados e os municípios se associem nessa questão da testagem, porque na ponta quem testa são os municípios, não é o Ministério da Saúde.
Queiroga também criticou municípios que, segundo ele, têm imunizantes em estoque por demora na aplicação, e declarou que implementar as políticas de saúde são "muito mais efetivo do que enviar ofício para o ministro da Saúde".
Desde que assumiu, o ministro defende uma política consistente de testagem da população como uma das formas de combate à pandemia, mas o sistema não chegou a ser implementado. Ao contrário de outros países, no Brasil a população não tem permissão, por exemplo, para fazer o autoteste para identificar a Covid-19.
A Saúde estuda junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a autorização para uso do autoteste no Brasil. O órgão regulador deve fazer uma nova Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) sobre o tema para viabilizar a autorização. Atualmente, uma resolução da agência proíbe a prática.
O autoteste é um exame de antígeno realizado pela própria pessoa em sua casa. O resultado sai em cerca de 15 minutos. A rapidez pode ser explicada pelo mecanismo utilizado pelo teste para identificar ou não a presença do vírus nas amostras.
Na segunda-feira, Queiroga afirmou que o governo federal não deve adotar uma política de distribuição desse tipo de teste, mas recomendará a possibilidade de que sejam vendidos em farmácias.
Nos últimos dias, a profusão no número de casos de Covid-19 no país e a escassez de testes para detecção da doença acenderam o debate sobre o uso do autoteste no Brasil. De acordo com especialistas, a adoção desses testes pode ser importante para auxiliar no combate à pandemia e frear a transmissão, uma vez que as pessoas poderiam se isolar a partir do diagnóstico obtido de maneira mais célere.