O médico Fábio Kawamura acaba de assumir o cargo de diretor executivo do InCor (Instituto do Coração do Hospital das Clinicas da FMUSP), centro de pesquisa, ensino e assistência em cardiopneumologia.
Com 15 anos de experiência no mercado de saúde, Kawamura é formado em medicina pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), com pós-graduação em saúde pública e medicina preventiva pela FMUSP (Faculdade de Medicina da USP) e especializações em Gestão Hospitalar, pelo Proahsa (Programa de Estudos Avançados em Administração Hospitalar e Sistemas de Saúde), da Fundação Getulio Vargas (FGV).
O executivo tem larga experiência em gestão hospitalar na área pública e privada, com ênfase em assistência de alta complexidade, processos de diagnóstico de ponta, ensino e pesquisa em saúde, assim como em modelos de gestão de alto desempenho e análise de negócios.
No setor público de saúde, Kawamura atuou na implantação do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo), na coordenação do Núcleo de Planejamento e Gestão do Hospital das Clínicas da FMUSP e como Diretor Executivo do InRad (Instituto de Radiologia do HCFMUSP). No segmento privado, participou da gestão do Hospital São Camilo (unidades Ipiranga, Pompeia e Santana) e atuou no Hospital Beneficência Portuguesa, assim como na operadora de saúde Amil.
O novo Diretor Executivo do InCor é reconhecido por seu estilo de gestão que combina ferramentas técnicas de alta performance (planejamento estratégico, gestão por indicadores, monitoramento de performance e análise crítica) e foco no cuidado com o ser humano, seja ele paciente ou profissional da saúde, como vetor criativo de mudanças na organização.
Trabalhar com gestão em saúde, diz o médico, é relembrar diariamente os funcionários da motivação que nos impulsiona a chegar até aqui e que certamente é o desejo de cuidar do outro como missão de vida. “A medicina é tecnologia certamente, e no caso do InCor ela é altamente desenvolvida, mas isso conta apenas metade da história”. A outra metade, conclui o Diretor, “é essencialmente humana e se constrói na relação entre as pessoas que são o profissional da saúde, o paciente e sua família. É essa relação que move a instituição de saúde”.
Buscar a essência humana na gestão hospitalar se conformou como um dos pilares da atuação de Kawamura logo cedo em sua carreira, quando, ao terminar a faculdade de medicina, em 2005, ele passou um ano na Amazônia, em serviço militar na Marinha do Brasil, assistindo comunidades ribeirinhas e indígenas. “Em muitos momentos da nossa vida e, até mesmo, do nosso dia, temos que nos voltar para a nossa essência, para lembrarmos o porquê de estarmos no mundo que nos motivou em nossa jornada. Essa experiência me marcou desde sempre exatamente por isso”.