Saber exercer a liderança é crucial para ter bons resultados e relações produtivas no trabalho, seja em que setor ou área de atuação for. Ser influente, ter voz ativa e saber delegar, são apenas algumas das principais características de um bom líder, segundo diversos estudos realizados. No entanto, ser líder é algo que vai muito além das definições teóricas, já que somente a experiência e o fato de realmente vivenciar cada situação é o que irão definir o estilo de liderança de cada um.
Seja como diretor médico hospitalar, ou como gerente de uma farmácia, o processo de saber trabalhar com pessoas de forma que os resultados aconteçam sem interferir de forma prejudicial no clima da equipe, é um desafio constante. O profissional pode ser o melhor na sua área de atuação, mas se ele não for bom em lidar com pessoas, com certeza terá problemas que, se não resolvidos, poderão impedir de forma bastante impactante o desenvolvimento de sua carreira, ou os resultados da empresa para a qual trabalha.
Muito se fala sobre a importância da liderança, mas será que a preparação para os futuros líderes está de acordo com a demanda?
Em um mercado altamente instável e imprevisível, é cada vez maior o número de pessoas com distúrbios emocionais decorrentes do período de pandemia e pode-se esperar que o pós-pandêmico seja também, naturalmente que em menores proporções, no entanto, ainda potencialmente afetado.
Assim, aqueles que estão na ponta da corda, puxando os demais para não caírem, devem estar altamente preparados não apenas com as teorias sobre quais as melhores formas de liderar, mas sim emocionalmente bem estruturados para que possam ter condições de orientar seus liderados quando necessário.
Liderar, principalmente quando falamos sobre profissionais da saúde, vai muito além de seguir regras ou diretrizes, está muito mais relacionado ao fato de respeitar sua missão como profissional de saúde, olhar para as pessoas como seres humanos, agir de forma estratégica e individualizada sempre que necessário, e buscar os resultados através do equilíbrio entre bem-estar, qualidade de vida, metas e propósito.
Quando o liderado sente que está sendo visto como ser humano, e suas necessidades estão sendo respeitadas em um momento tão importante como o que vivemos, a entrega e a busca pelos melhores resultados, é apenas uma consequência da liderança bem executada.
Trabalhar com pessoas está muito mais ligado a construção e desconstrução de teorias, a hoje ensinar, e amanhã aprender, a hoje falar e amanhã ouvir, e o mais importante: não existe uma regra que irá funcionar em todos os ambientes e mercados, cada pessoa é única e traz com ela, particularidades.
Portanto, não se prenda a conceitos, pois eles mudam todos os dias, mas valorize as pessoas e delegue na medida certa, os resultados como o próprio nome diz, serão consequências do trabalho e não apenas uma meta a ser atingida.
*Fernanda Marinho é Farmacêutica, com MBA em Gestão de Pessoas e Recursos Humanos.