As HealthTechs, startups direcionadas para o mercado de saúde, representam 5,7% do total de Emerging Giants no Brasil, ocupando o quarto lugar na lista de empresas com esse perfil. A liderança é das FinTechs (27,6%), seguida de AdTechs (12,4%), RetailTechs (10,5%), HealthTechs (5,7%), EdTechs (5,7%) e HRTechs (4,8%). Essas são algumas das conclusões do levantamento “Emerging Giants”, produzido por KPMG e Distrito, a partir da análise de 105 Emerging Giants brasileiras. O conteúdo também revelou que a região Sudeste do Brasil concentra 78,1% das Emerging Giants (70% do total é no Estado de São Paulo), seguida das regiões Sul (18,1%), Nordeste (1,9%) e Centro-Oeste (1,9%).
“Emerging Giant é o nome dado a uma startup que possui destaque não apenas no setor em que atua, como também participaram de rodadas relevantes de investimento e têm se consolidado no mercado. Aquelas que estão nesse nível geram receitas mais robustas e com elevado potencial de crescimento. Além disso, entendemos que as startups são muito mais que boas oportunidades de investimento, são empresas com o propósito de resolver problemas reais e o sucesso não depende somente do capital”, afirma Diogo Garcia, sócio-diretor e líder do Programa Emerging Giants da KPMG no Brasil. Entre as startups Emerging Giants mapeadas no estudo estão as HealthTechs brasileiras Boa Consulta, Memed, Magnamed, Vitta e Hilab.
De acordo com o sócio-líder na área de saúde da KPMG, Leonardo Giusti, as HealthTechs estarão cada vez mais presentes no universo da saúde. “As startups vêm para complementar o serviço prestado pelas empresas do setor. As tecnologias que eles apresentam são importantes para agregar informações e deixar todo o processo mais conciso. Veremos cada vez mais essa parceria para a solução de problemas no setor da saúde”, afirma.
O setor de saúde é extremamente regulado e o modus operandum da cadeia de valor torna o ecossistema muito complexo, com vários silos e gargalos. Nesse cenário, “as HealthTechs como digital natives podem viabilizar a aceleração dos participantes da cadeia em suas jornadas de transformação digital, quer seja na automação de processos administrativos, quer seja efetivamente na melhor coordenação de cuidados clínicos”, complementa Leonardo Giusti.
De acordo com a pesquisa, o boom das startups Emerging Giants no Brasil é visível de 2012 a 2016, sendo que, em média, elas operam há 7 anos. O período de fundação das Emerging Giants do relatório é o seguinte: 2000 a 2010 (16,2%), 2011 a 2015 (62,9%), e 2016 a 2018 (21%). Juntas, elas já empregam mais de 15 mil pessoas. Mais de 40% têm entre 100 e 200 funcionários. Quase metade dos fundadores têm pós-graduação e/ou tiveram experiência acadêmica fora do Brasil e 47% têm ao menos um fundador que já empreendeu antes. Em média, cada startup com esse perfil recebeu 2,4 investimentos e, desde 2011, mais de US? 1,3 bilhão já foi investido nas Emerging Giants com operação no Brasil.